09/8 – Dia Nacional da Equoterapia


 

A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo com o intuito de ajudar o paciente a desenvolver habilidades motoras e psicológicas, tais como autoconfiança, autocontrole e postura.

Com uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, busca-se o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.

A prática proporciona benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais e está indicada para os seguintes quadros clínicos:

– Doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico-metabólicas;
– Sequelas de traumas e cirurgias;
– Doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais;
– Distúrbios de aprendizagem e de linguagem.

Principais benefícios:

O conjunto de atividades proporcionado pela equoterapia exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, do relaxamento, da conscientização sobre o próprio corpo e do aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.

– Mobilização pélvica, da coluna lombar e articulações do quadril;
– Melhora do equilíbrio e da postura;
– desenvolvimento da coordenação de movimentos entre tronco, membros e visão;
– Estimulação da sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa, com melhora da integração sensorial e motora.

Quando uma pessoa está a cavalo a primeira manifestação é o ajuste tônico. Na verdade, o cavalo nunca está totalmente parado. A troca de apoio das patas, o deslocamento da cabeça ao olhar para os lados, as flexões da coluna, o abaixar e o alongar do pescoço, etc., impõem ao cavaleiro um ajuste no seu comportamento muscular, a fim de responder aos desequilíbrios provocados por esses movimentos.

Cada passo completo do animal apresenta padrões semelhantes aos do caminhar humano: impõe deslocamento da cintura pélvica da ordem de 5 cm nos planos verticais, horizontais e sagitais e uma rotação de 8 graus para um lado e para o outro.

Ao deslocar-se, o cavalo exige que o cavaleiro faça ajustes tônicos para adaptar seu equilíbrio a cada movimento. Em 30 minutos de trabalho, o cavaleiro executa de 1.800 a 2.250 ajustes tônicos. Os deslocamentos da cintura pélvica produzem vibrações nas regiões osteo-articulares que são transmitidas ao cérebro, via medula, com a frequência de 180 oscilações por minuto, o que já foi apontado como sendo a mais adequada à saúde.

A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.

Em 2019, foi sancionada a Lei nº 13.830 que dispõe sobre a prática da equoterapia, determinando, dentre outras exigências, que: “a prática seja coordenada por equipe multiprofissional, constituída por uma equipe de apoio composta por médico e médico veterinário e uma equipe mínima de atendimento composta por psicólogo, fisioterapeuta e um profissional de equitação, podendo, de acordo com o objetivo do programa, ser integrada por outros profissionais, como pedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e professores de educação física, que devem possuir curso específico de equoterapia.”

 

O Dia Nacional da Equoterapia é uma data comemorativa em saúde instituída pela Lei nº 12.067/2009. A celebração objetiva destacar a importância da prática na promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida das pessoas que podem ser beneficiadas com essa forma de terapia e reabilitação.

 

Fontes:

Associação Brasileira da Síndrome de Williams
Associação Nacional de Equoterapia
Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região
Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região
Rádio Senado