A sepse surge quando a resposta do corpo a uma infecção causa danos aos seus próprios tecidos e órgãos. Pode levar ao choque, falência de múltiplos órgãos e morte – especialmente se não for reconhecida precocemente e tratada prontamente.
É uma síndrome extremamente prevalente, com elevada morbidade e mortalidade e altos custos. Seu reconhecimento precoce e tratamento adequado são fatores primordiais para a mudança deste cenário.
Caracteriza-se por um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada. Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo – por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários órgãos do paciente, levando ao quadro conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos.
Fatos sobre a sepse:
– 47 a 50 milhões de casos por ano;
– ao menos 11 milhões de mortes/ano;
– 1 a cada 5 mortes no mundo é associada à sepse;
– 1ª causa de mortes e de readmissão em hospitais;
– 1ª em custos com saúde (U$ 62 bilhões são gastos com sepse apenas nos EUA);
– até 50% dos sobreviventes da sepse têm complicações físicas e/ou psicológicas a longo prazo;
– 40% dos casos são em crianças com menos de 5 anos de idade;
– é sempre causada por uma infecção como pneumonia ou doença diarreica;
– 80% dos casos de sepse ocorrem fora do hospital.
A sepse é uma emergência médica – se você ou alguém que você conhece apresentar sinais de sepse, procure atendimento médico imediatamente. Cada hora conta.
Sinais que podem indicar sepse:
– sensação de confusão e fala arrastada;
– extremos tremores, dor muscular, febre;
– passar o dia sem urinar ou com falta de ar;
– sensação de morte iminente;
– equimoses, manchas escuras ou pele pálida.
Tratamento:
As primeiras horas de tratamento são as mais importantes. Os pacientes devem receber antibioticoterapia adequada o mais rápido possível. Culturas de sangue, bem como outras culturas de locais sob suspeita de infecção, devem ser colhidos em uma tentativa de detectar o agente causador da doença. A sepse é uma emergência médica e seu tratamento deve ser priorizado.
A sepse hoje é a principal responsável por óbitos dentro de nossos hospitais. Estima-se cerca de 670 mil no Brasil por ano. Ao contrário do que se pensa, sepse não é um problema só para pacientes já internados em hospitais. Grande parte dos casos são pacientes atendidos nos serviços de urgência e emergência. O objetivo central da campanha é aumentar a percepção da sepse tanto entre profissionais de saúde como entre o público leigo.
Confira os eventos que serão realizados no Dia Mundial da Sepse 2021
Fontes:
Associação de Medicina Intensiva Brasileira
Conselho Federal de Enfermagem
Global Sepsis Alliance
Instituto Latino Americano de Sepse
São Camilo Oncologia