18/9 – Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma


 

O “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, comemorado em 18 de setembro, é uma data comemorativa em saúde instituída pela Lei nº 12.637/2012, com o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância da detecção precoce do retinoblastoma – um tumor maligno raro que tem origem nas células da retina (parte do olho responsável pela visão).

Como cerca de 50% dos casos de retinoblastoma são identificados tardiamente, quando a doença já está em estágio avançado e com chances de tratamento e cura reduzidas, a campanha para conscientizar e incentivar seu diagnóstico precocemente é fundamental para que cegueira e mortes relacionadas ao problema possam ser evitadas.

Causas:

O tumor pode ter caráter hereditário ou não, sendo decorrente de uma mutação num gene no cromossomo 13. A doença pode ser congênita ou manifestar-se nos primeiros anos de vida das crianças e afetar os dois olhos ou apenas um deles.

Sintomas:

O sinal característico do retinoblastoma é a leucocoria, ou seja, um reflexo branco semelhante ao do olho do gato, quando um feixe de luz artificial ou de um flash incide através da pupila. Nos olhos saudáveis, esse reflexo é sempre vermelho. Baixa visão, estrabismo e deformação do globo ocular são outros sintomas da doença.

Diagnóstico:

O retinoblastoma e outras doenças oculares como catarata e glaucoma congênito podem ser detectados com o Teste do Olhinho, realizado ainda na maternidade. Levantamento do histórico familiar, exame de fundo do olho e ultrassom fornecem elementos importantes para confirmar o diagnóstico, cuja identificação precoce possibilita o tratamento no tempo adequado.

Tratamento:

A indicação do melhor tratamento deve levar em conta o tamanho do tumor, sua localização e se está circunscrito ou disseminado. O objetivo primeiro é debelar a doença e, sempre que possível, preservar o globo ocular e a visão.

A detecção pelo Teste do Reflexo Vermelho só ocorre quando for observada pupila branca, ou seja, quando já é um tumor grande – nesta fase o tratamento pode salvar a vida, mas é ineficaz para salvar o olho e a função visual.

Na maioria dos casos, o retinoblastoma é curável. Quimioterapia, radioterapia e tratamento oftalmológico e a laser têm mostrado bons resultados.

Tumores tratados quando ainda são pequenos, podem salvar a vida da criança e também preservar sua visão.

Prevenção:

De acordo com a Dra. Rosa Maria Graziano, do Departamento Científico de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a prevenção de doenças oculares deve começar ainda na maternidade com a realização do Teste do Olhinho (Teste do Reflexo Vermelho) até 72 horas de vida. Após essa abordagem inicial, o Teste deve ser repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida da criança.

Não é possível prevenir o aparecimento do retinoblastoma, porém, com o diagnóstico precoce e o acompanhamento por equipe multidisciplinar é possível alcançar bons resultados, com mais de 95% de cura.

 

Fontes:

Associação para Adolescentes e Crianças com Câncer – TUCCA
Dr. Dráuzio Varella
Instituto Nacional de Câncer
Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul – SORIGS
Sociedade de Pediatria de São Paulo