22/02 – Dia Mundial da Encefalite


O Dia Mundial da Encefalite, criado pela The Encephalitis Society em 2014 é uma data de conscientização para as pessoas que foram direta ou indiretamente afetadas pela encefalite. Espera-se aumentar a consciência global sobre a doença, salvar vidas e construir um futuro melhor.

O evento, realizado em 22 de fevereiro de cada ano, atinge mais de 186 milhões de pessoas por meio de recursos de mídia, eventos e redes sociais.

Fatos sobre a encefalite:

– É uma condição neurológica devastadora, que pode deixar os sobreviventes com uma lesão cerebral permanente.
– 500.000 crianças e adultos são afetados por encefalite todos os anos, ou seja, uma pessoa a cada minuto.
– Há pouco conhecimento da doença – 78% das pessoas não sabem o que é encefalite – apesar do fato de que em muitos países ela tem uma incidência maior do que a esclerose múltipla, doença do neurônio motor (ELA), meningite bacteriana e paralisia cerebral.
– Os sintomas de encefalite variam, mas podem incluir doenças semelhantes à gripe ou dor de cabeça, sonolência, comportamento incomum, incapacidade de falar ou controlar os movimentos, manifestações psiquiátricas, problemas de memória e convulsões.
– As taxas de mortalidade são altas. Os sobreviventes podem ficar com uma lesão cerebral adquirida, resultando em uma ampla gama de dificuldades, como problemas de memória e outras habilidades cognitivas, alterações na personalidade, dificuldades emocionais e comportamentais, epilepsia, fadiga e outras dificuldades físicas que podem fazer o retorno à escola, ao trabalho, à família e à vida social muito desafiadoras.

Pela gravidade da doença, um movimento crescente de pesquisadores de diversas áreas tenta mudar a realidade dos portadores dessa enfermidade, conscientizando e informando a população sobre os detalhes dessa síndrome.

A encefalite é uma inflamação que ocorre no cérebro quando um vírus (em alguns casos, bactérias) consegue atacá-lo diretamente, também podendo ser acionada por outros fatores.

Trata-se de um processo inflamatório das meninges, membranas que recobrem o sistema nervoso central. Existem dois tipos principais de encefalite:

Encefalite primária: ocorre quando um vírus ou outro agente infeccioso afeta diretamente o cérebro;
Encefalite secundária: ocorre de duas a três semanas após a infecção inicial.

Causas:

As causas exatas da encefalite ainda não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que a grande maioria dos casos da doença acontece por meio de infecção viral. No entanto, também há casos de infecções por bactérias, parasitas, fungos e condições inflamatórias não infecciosas que também podem estar por trás de encefalite.

Sintomas:

Os sinais e sintomas vão depender da causa. Nas virais, os pacientes podem apresentar febre, mal estar, dor de cabeça intensa, convulsões e sinais focais (como boca torta, diminuição da força em um lado do corpo, dificuldade de falar).

A característica clínica mais importante é o rebaixamento do nível de consciência. Pode começar com confusão mental e evoluir para sonolência excessiva e coma. A evolução tende a ser rápida e em alguns casos leva ao coma em poucas horas.

Em alguns casos, aparecem outros sintomas, como:

– desmaio;
– confusão e agitação;
– convulsões;
– paralisia ou fraqueza muscular;
– perda de memória;
– rigidez do pescoço e costas;
– extrema sensibilidade à luz.

Tratamento:

O tratamento é de suporte na maioria dos casos – manter pressão arterial estável, boa oxigenação dos tecidos, manutenção de níveis adequados dos eletrólitos (sódio e potássio, por exemplo).

O principal objetivo do tratamento consiste em ajudar o organismo a combater a infecção e aliviar os sintomas. Por isso, repouso, alimentação e ingestão de líquidos é essencial para curar a doença.

Fontes:

Hospital Infantil Sabará
Hospital São Matheus
The Encephalitis Society
Universidade de São Paulo