Contraída por meio da picada de um mosquito infectado, a malária é uma das principais causas de mortes no mundo, com 228 milhões de casos e 405 mil mortes em 2018. Nas Américas, a transmissão permanece endêmica em 19 países e territórios – entre eles, o Brasil. Por isso, diversas localidades brasileiras têm utilizado estratégias eficazes para eliminar a doença.
O tema escolhido para 2020, ‘Malária Zero Começa Comigo’, enfatiza o poder e a responsabilidade – não importa onde vivamos – para garantir que ninguém morra por picada de mosquito. Políticos tomadores de decisão, setor privado, sociedade civil, comunidade acadêmica e o público, precisam promover ações que protejam famílias, comunidades e países. Ao construir sistemas de saúde e de vigilância resilientes, milhões de vidas serão salvas em um futuro mais saudável e equitativo que não deixe ninguém para trás.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo microrganismo Plasmodium.
Transmissão:
O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (usuários de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com freqüência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios.
No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
Tratamento:
O tratamento da malária depende de alguns fatores, como, a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; gravidade da doença.
Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.
Prevenção:
– Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes.
– Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho, uso racional da terra.
Fontes:
Fundação Oswaldo Cruz
Ministério da Saúde. Saúde de A a Z
RBM Partnership to End Malaria
World Health Organization