25/5 – Dia Mundial da Tireoide


 

O Dia Mundial da Tireoide, comemorado em 25 de maio, é uma campanha global que pretende aumentar a conscientização sobre essa glândula crucial ao organismo. Criado em 2008 pela Thyroid Federation International, homenageia o dia de fundação, em 1965, da European Thyroid Association (ETA).

Várias organizações, profissionais e serviços de saúde realizam atividades educativas para marcar a data, como forma de mostrar ao público a importância da tireoide em termos de bem-estar geral, seus problemas, suas causas e as opções de tratamento disponíveis.

A tireoide é uma pequena glândula perto da base do pescoço. Tem formato de borboleta e produz dois hormônios: tiroxina e triiodotironina. Embora seja uma glândula pequena, ela tem um impacto significativo na saúde. Seu principal papel é regular o metabolismo do corpo.

Os hormônios produzidos pela tireoide agem na função de órgãos vitais como coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional, garantindo o equilíbrio do organismo.

Quando não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).

No hipertireoidismo o corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sentindo-se com muita energia, mas também muito cansada.

Se a produção de hormônio é insuficiente, provoca o hipotireoidismo. O organismo começa a funcionar mais lentamente: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, pele seca, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue e, ainda, depressão.

Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Tratamento:

– Hipotireoidismo: reposição do hormônio tiroxina que a tireoide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, ele deve ser tomado por toda a vida, mas os resultados são muito bons.

– Hipertireoidismo: o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia e depende das características e causas da doença.

Outros transtornos da tireoide:

– Bócio: popularmente conhecido como papo, é o nome que se dá ao aumento da glândula tireoide. Esse crescimento anormal pode tomar a glândula toda e tornar-se visível na frente do pescoço; ou, então, surgir sob a forma de um ou mais nódulos (bócio nodular), que podem não ser perceptíveis exteriormente. Pode ser causado pela carência de iodo na dieta, por hipo ou hipertireoidismo, tumores ou infecções.

– Hipotireoidismo congênito: problema hereditário que impossibilita o organismo de produzir o hormônio tireoidiano T4, impedindo o crescimento e o desenvolvimento do recém-nascido. A doença é diagnosticada por meio do Teste do Pezinho e curável com a administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico. Sem diagnóstico e sem tratamento, é a causa mais comum de retardo do desenvolvimento mental, acometendo um a cada 4 mil recém-nascidos.

– Tireoidites: conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula tireoide. Em alguns casos, o paciente sente dores, mas em outros, apresenta os sintomas básicos do hipertireoidismo ou do hipotireoidismo.

– Câncer de tireoide: tipo raro de câncer que ocorre em aproximadamente 1% da população.

– Doença de Graves: doença autoimune que provoca um tipo de hipertireoidismo em que, além das manifestações mais comuns, apresenta como sintoma a irritação nos olhos e pálpebras.

 

Fontes:

Campbell County Health – EUA
Dr. Dráuzio Varella
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Thyroid Federation International