26/9 – Dia Nacional dos Surdos


 

O Dia Nacional dos Surdos foi instituído no Brasil pela Lei nº 11.796/2008.

Os surdos constituem 3,2% da população, ou seja, aproximadamente 5,8 milhões de brasileiros.

Todas as pessoas com deficiência, exceto os surdos, usam a língua portuguesa, fonética, falada, o que lhes propicia maior facilidade em treinamentos e no desenvolvimento profissional.

Já os surdos precisam de uma adaptação linguística: a Língua Brasileira de Sinais (Libras) – um sistema de representação simbólica das letras do alfabeto, soletradas com as mãos.

Nessa linguagem existem sinais para quase todas as palavras conhecidas. Para a execução dos sinais, usa-se o movimento das mãos, além das expressões facial e corporal, quando necessário.

Estima-se que existam 200 línguas de sinais nacionais diferentes, pois ela não é universal, variando de um país para outro e muitas vezes de uma cidade para outra, conforme as peculiaridades regionais.

A Lei nº 10.436/2002 foi um marco importante para a comunidade surda brasileira, ao reconhecer a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão e determinar o apoio na sua difusão e uso pelo poder público.

Surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir. A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, onde essas ondas são transformadas em estímulos elétricos e enviadas ao cérebro, órgão responsável pelo reconhecimento daquilo que se ouve.

A surdez pode ser causada pelo acúmulo de cera de ouvido, por infecções (otite) ou imobilização de um ou mais ossos do ouvido. O tratamento é feito com medicamentos ou cirurgias.

Outros fatores também podem desencadear a surdez, como viroses, meningites, infecções congênitas, principalmente, sífilis, toxoplasmose e rubéola, uso de antibióticos tóxicos ao ouvido e de diuréticos ainda no berçário, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia (provocada pela idade), traumas na cabeça, alergias, problemas metabólicos, tumores. O tratamento, de acordo com cada caso, é feito com medicamentos, cirurgias, uso de aparelho.

Prevenção da surdez:

– doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose, durante a gestação, podem provocar surdez nos bebês. Por isso, faz-se necessária a orientação médica pré-natal. Mulheres devem tomar a vacina contra a rubéola antes da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas;
– teste da orelhinha: exame feito nos recém-nascidos permite verificar a presença de anormalidades auditivas;
– cuidado com objetos pontiagudos, como canetas e grampos, pois se introduzidos nos ouvidos, podem causar sérias lesões;
– atraso no desenvolvimento da fala das crianças pode indicar problemas auditivos, sendo motivo para uma consulta com um médico especialista;
– uso de equipamentos de proteção para trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais provocados pelo ruído;
– acompanhamento da saúde auditiva dos trabalhadores, por parte das empresas, visando eliminar ou reduzir o ruído no ambiente de trabalho.


Fontes
:

Espaço Aberto: Revista Eletrônica da USP, n. 141, ago. 2012
Federação Mundial dos Surdos
Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da UFRGS
Secretaria de Educação de Praia Grande (SP)
Surdo Cidadão