26 a 30 de setembro é o período marcado pela Semana Internacional dos Surdos, pelo Dia Internacional da Linguagem de Sinais e pelo Dia Nacional dos Surdos, em 26/9.
A Semana Internacional de Surdos é uma iniciativa da World Federation of the Deaf (WFD) e foi lançada em 1958 em Roma, Itália. É celebrado anualmente pela comunidade surda global para comemorar o mês em que o primeiro Congresso Mundial da WFD foi realizado.
A Semana é celebrada por meio de várias atividades em todo o mundo. Esses eventos acolhem a participação de todos os membros das comunidades surdas, que incluem famílias de pessoas surdas, intérpretes de língua de sinais profissionais e credenciados, parceiros, bem como todos que se interessem pelo assunto, como governos nacionais, organizações nacionais e internacionais de direitos humanos e de de pessoas com deficiências.
O tema de 2020 é “Reafirmando os Direitos Humanos dos Surdos”. Este ano, queremos que todas as partes interessadas se unam para endossar a necessidade de garantir e promover os direitos humanos das pessoas surdas! Afirme seu apoio aos direitos humanos plenos para todas as pessoas surdas, assinando a Carta da WFD sobre Direitos de Língua de Sinais para Todos!
De acordo com a instituição internacional, existem aproximadamente 72 milhões de surdos em todo o mundo, com cerca de 80% deles vivendo em países em desenvolvimento. Coletivamente, essas pessoas utilizam mais de 300 línguas de sinais diferentes.
No Brasil, onde os surdos constituem 3,2% da população – aproximadamente 5,8 milhões de brasileiros – a data comemorativa foi instituída pela Lei nº 11.796/2008 e tem como objetivo propor a reflexão e o debate sobre os direitos e a luta pela inclusão das pessoas surdas na sociedade.
A Lei nº 10.436/2002 foi outro importante marco para a comunidade surda brasileira, reconhecendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão e determinando o apoio na sua difusão e uso pelo poder público.
Na comunicação por Libras é utilizada a ‘datilologia’ – um sistema de representação simbólica das letras do alfabeto, soletradas com as mãos. Nessa linguagem existem sinais para quase todas as palavras conhecidas. Para a execução dos sinais, usa-se o movimento das mãos, além das expressões facial e corporal, quando necessário.
Surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir. A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, onde essas ondas são transformadas em estímulos elétricos e enviadas ao cérebro, órgão responsável pelo reconhecimento daquilo que se ouve.
Causas:
– a surdez de condução é provocada pelo acúmulo de cera de ouvido, infecções (otite) ou imobilização de um ou mais ossos do ouvido. O tratamento é feito com medicamentos ou cirurgias;
– a surdez de cóclea ou nervo auditivo é desencadeada por: viroses, meningites, uso de certos medicamentos ou drogas, propensão genética, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia (provocada pela idade), traumas na cabeça, defeitos congênitos, alergias, problemas metabólicos, tumores. O tratamento, de acordo com cada caso, é feito com medicamentos, cirurgias, uso de aparelho.
Outros fatores que podem provocar surdez:
– casos de surdez na família;
– nascimento prematuro;
– baixo peso ao nascer;
– uso de antibióticos tóxicos ao ouvido e de diuréticos no berçário;
– infecções congênitas, principalmente, sífilis, toxoplasmose e rubéola.
Prevenção da surdez:
– nas gestantes, doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose podem provocar a surdez nas crianças. Por isso, faz-se necessária a orientação médica pré-natal. Mulheres devem tomar a vacina contra a rubéola antes da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas;
– teste da orelhinha: exame feito nos recém-nascidos permite verificar a presença de anormalidades auditivas;
– cuidado com objetos pontiagudos, como canetas e grampos, pois se introduzidos nos ouvidos, podem causar sérias lesões;
– atraso no desenvolvimento da fala das crianças pode indicar problemas auditivos, sendo motivo para uma consulta com um médico especialista;
– uso de equipamentos de proteção para trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais provocados pelo ruído;
– acompanhamento da saúde auditiva dos trabalhadores, por parte das empresas, visando eliminar ou reduzir o ruído no ambiente de trabalho.
Fontes:
Espaço Aberto: Revista Eletrônica da USP, n. 141, ago. 2012
Nações Unidas
Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da UFRGS
Secretaria de Educação de Praia Grande (SP)
Surdo Cidadão
World Federation of the Deaf (WFD)