A psoríase é uma doença crônica da pele, não contagiosa, caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. Sua causa é ainda desconhecida e embora exista uma predisposição familiar, não é necessariamente transmitida aos descendentes. Atinge homens e mulheres, em qualquer idade, podendo ocorrer desde formas localizadas e discretas, até formas muito severas acometendo grande área da superfície corporal. A psoríase está sujeita a melhoras dos sintomas e a recaídas, relacionadas a diversos fatores: traumas (físico, químico, queimadura solar), infecções, drogas, estresse emocional, etc. Os locais mais atingidos são o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco, com lesões em ambos os lados do corpo.
O mote da Campanha do Dia Nacional da Psoríase 2018 é alertar sobre as comorbidades geradas pela doença. Pessoas com psoríase têm maior risco de desenvolver artrite psoriásica, doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias intestinais, diabetes, obesidade, além de outras patologias. Dados apontam que 30% dos pacientes com psoríase são diagnosticados com artrite psoriásica e têm 43% mais chances de apresentar acidente vascular cerebral, além de outras estatísticas de comorbidades severas.
Para a campanha mundial promovida pela International Federation of Psoriasis Associations (IFPA), o tema escolhido é: “Psoríase: trate seriamente. Nossas vidas dependem disso.”
Tipos e sintomas:
– Psoríase Vulgar: lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
– Psoríase Invertida: lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
– Psoríase Gutata: pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril) e ocorrem com maior freqüência em crianças e adultos jovens;
– Psoríase Eritrodérmica: lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo;
– Psoríase Ungueal: surgem depressões puntiformes ou manchas amareladas principalmente nas unhas das mãos;
– Psoríase Artropática: em cerca de 8% dos casos, pode estar associada a comprometimento articular. Surge de repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações como a do joelho;
– Psoríase Pustulosa: aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo;
– Psoríase Palmo-Plantar: as lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés.
Tratamento:
A psoríase é uma doença de evolução crônica e não há como preveni-la, sendo possível controlar sua reincidência. O tratamento procura principalmente reduzir o número e a gravidade das lesões e vai depender das características do paciente. Os medicamentos utilizados podem ser tópicos (para passar no corpo) ou sistêmicos (devem ser ingeridos). Casos leves e moderados (cerca de 80%) podem ser controlados com o uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. É importante salientar que qualquer tratamento deve ser feito sob rigorosa orientação médica, de forma persistente, sendo necessário, em alguns casos, suporte psicológico para uma melhor adaptação ao impacto provocado pela doença.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Dermatologia (hotsite: Psoríase tem tratamento)