01/8 – Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo


 

O Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo é uma data comemorativa em saúde instituída pela Lei nº 12.627/2012, que determinou sua celebração no dia 1º de agosto de cada ano, como forma de aumentar a conscientização, apoiar, educar e combater o preconceito a respeito do problema, caracterizado pela perda da cor da pele, com manchas brancas de tamanho variável.

Cerca de 0,5 a 2% da população mundial é afetada. No Brasil, mais de um milhão de pessoas manifestam essa condição (0,54% dos brasileiros). No país, ocorre em 1,2% das pessoas brancas e em 1,9% das pardas/negras, aparecendo entre as 25 doenças dermatológicas mais frequentes em todas as macrorregiões.

Suas causas ainda não estão claramente estabelecidas, mas vários fatores têm sido associados. Os principais são:

Herança genética: aproximadamente 20% dos pacientes com vitiligo têm pelo menos um parente de primeiro grau com a doença.

Autoimunidade: o vitiligo tem sido considerado doença autoimune devido à associação positiva com algumas doenças como tireoidites, diabetes mellitus e alopecia areata.

Fatores ambientais: 10 a 76% dos pacientes com vitiligo atribuem a doença a algum fator precipitante. É provável que o estresse, a exposição solar intensa e a exposição a alguns pesticidas atuem como fatores precipitantes da doença em indivíduos geneticamente predispostos

A maioria dos pacientes de vitiligo não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. Entretanto, em alguns casos, os pacientes relatam sentir sensibilidade e dor na área afetada.

O vitiligo não é contagioso e seu diagnóstico é essencialmente clínico, pois as manchas brancas têm, geralmente localização e distribuição características. A evolução é variável: pode acometer desde pequenas áreas, até grandes extensões do corpo. Quanto mais precoce se instituir tratamento, mais chances de repigmentação, ou seja, de voltar a coloração normal da pele.

Não existem formas de prevenção – como em cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença, os parentes de indivíduos afetados devem realizar vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões de hipopigmentação, a fim de detectá-la precocemente e iniciar cedo o tratamento.

Tratar a condição visa cessar o aumento das lesões, com estabilização do quadro e a repigmentação da pele. A terapia é individualizada e os resultados podem variar consideravelmente entre um paciente e outro. Por isso, somente um profissional médico qualificado (dermatologista) pode indicar a melhor opção.

Pacientes diagnosticados devem evitar os fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes. Evitar o uso de roupas apertadas ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele e diminuir a exposição ao sol. Controlar o estresse é outra medida bem-vinda.

O vitiligo não é contagioso e não traz prejuízos a saúde física, no entanto, as lesões provocadas impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima dos pacientes, motivo pelo qual o acompanhamento psicológico pode ser recomendado.

 

Fontes:

Núcleo de Telessaúde de Sergipe
Sociedade Brasileira de Dermatologia