ANTIMICROBIANOS NATURAIS
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MILLEZI, A.F. et al. Caracterização química e atividade antibacteriana de óleos essenciais de plantas condimentares e medicinais contra Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 16, n. 1, p. 18-24, 2014. Disponível em Scielo
Os óleos essenciais são metabólitos secundários dos vegetais com propriedades biológicas diferenciadas, dentre elas, a atividade contra microrganismos, sendo de interesse da indústria de alimentos as concentrações mínimas inibitórias (CMI) desses óleos para diversas bactérias. As CMI variam em função dos compostos majoritários e da espécie de bactéria. Nesta pesquisa, os óleos essenciais das plantasSatureja montana L., Cymbopogon nardus L. e Citrus limonia Osbeck foram caracterizados quimicamente e se determinou a CMI sobre as bactériasStaphylococcus aureus ATCC 2592 e Escherichia coli ATCC 25922. A CMI dos óleos testados contra E. coli e S. aureus foi de 1,5%, exceto para o óleo essencial de S. montana sobre S. aureus, a qual foi sensível a este óleo a partir da concentração de 5,0%. Sobre a constituição química, os componentes majoritários dos óleos de S. montana, C. narduse C. limoniaOsbeck foram respectivamente o timol, citronelal e limoneno.
SAÚDE BUCAL; INFECÇÕES ORAIS
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VIEIRA, D.R.P. et al. Plantas e constituintes químicos empregados em Odontologia: revisão de estudos etnofarmacológicos e de avaliação da atividade antimicrobiana in vitro em patógenos orais.Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 16, n. 1, p. 135-167, 2014. Disponível em Scielo
Produtos derivados de plantas podem representar estratégia promissora na odontologia. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi levantar na literatura os estudos sobre o uso popular de plantas em afecções orais, bem como os estudos de avaliação da atividade antimicrobiana in vitro de extratos vegetais e compostos isolados sobre patógenos orais, no período de 1996 a 2011. Quarenta e sete famílias botânicas foram referidas, com maior número de citações para Anacardiaceae, sendo Anacardium occidentale L., a espécie mais citada. O levantamento sobre estudos de avaliação antimicrobiana relacionou extratos de sessenta e seis espécies vegetais pertencentes a trinta e oito famílias botânicas, destacando-se Anacardiaceae, com pesquisas realizadas de forma predominante com as folhas, investigadas pelo método de difusão em ágar. Cinquenta e oito substâncias isoladas de plantas foram avaliadas, demonstrando que Terminalia chebula Retz (Combretaceae) representa a espécie vegetal com atividade antimicrobiana in vitro mais significativa, apresentando halo de inibição de 32,97 mm contra Staphylococcus aureus, microrganismo encontrado em infecções orais; enquanto ácido tetra iso-alfa isolada de Humulus lupulus L. (Canabinaceae) apresentou maior halo de inibição para Streptococcus mutans (26,0 mm). Os resultados apresentados devem estimular o desenvolvimento dos estudos de validação na garantia do uso seguro e eficaz de espécies vegetais em odontologia.
TRATAMENTO DO CÂNCER
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OLIVEIRA, L.A.R.; MACHADO, R.D.; RODRIGUES, A.J.L.. Levantamento sobre o uso de plantas medicinais com a terapêutica anticâncer por pacientes da Unidade Oncológica de Anápolis. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 16, n. 1, p. 32-40, 2014. Disponível em Scielo
Este estudo teve por objetivo conhecer o perfil dos pacientes em tratamento contra o câncer da Unidade Oncológica de Anápolis quanto ao uso de plantas medicinais. Foram entrevistados 59 pacientes (42,12% da população estudada) por meio de questionários avaliativos enfatizando características sócio-demográficas e dados referentes à utilização de plantas medicinais. Evidenciou-se o uso indiscriminado de plantas medicinais entre os pacientes. A maioria dos entrevistados compartilha a opinião errônea de que plantas medicinais não fazem mal. A orientação sobre a forma de utilização das plantas ocorre, principalmente, pela informação de familiares ou amigos, e os profissionais da saúde muitas vezes são ignorados neste processo. Constatou-se que as plantas medicinais são utilizadas para o tratamento de enfermidades de baixa a alta gravidade, como o câncer. Dentre as 14 espécies usadas pelos pacientes com finalidade antineoplásica as mais mencionadas foram as popularmente conhecidas como noni, babosa, graviola e romã. Apesar de alguns estudos relatarem atividade antineoplásica ou quimiopreventiva para algumas espécies vegetais, muitas delas podem ser tóxicas ou apresentar potencial risco quando usadas concomitantemente ao tratamento convencional. Desta forma, observa-se que é preciso mais profissionais especializados para orientação sobre o risco de reações adversas e interações medicamentosas no que se refere ao uso de espécies vegetais e a terapêutica do câncer.