HIPERTENSÃO; DOENÇAS CARDIOVASCULARES; ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE; SAÚDE PÚBLICA; AMÉRICA


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ORDUNEZ, P. et al. HEARTS nas Américas: impulsionar mudanças no sistema de saúde para melhorar o controle da hipertensão arterial na população. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 48, :e17, 2024. Disponível em Scielo

Propósito da revisão. HEARTS nas Américas é uma adaptação regional da iniciativa mundial HEARTS, da Organização Mundial da Saúde, voltada para prevenção e controle das doenças cardiovasculares (DCV) na Região das Américas. Seu objetivo geral é promover mudanças na prática clínica e na gestão da atenção primária pelos serviços de saúde a fim de melhorar o controle da hipertensão arterial e reduzir o risco de DCV. Esta revisão descreve a iniciativa HEARTS nas Américas. Primeiro, é apresentado um resumo da situação epidemiológica regional relativa à mortalidade por DCV e das tendências no controle da hipertensão arterial em nível populacional. Em seguida, são explicados os motivos por trás dos principais componentes da intervenção: o sistema de manejo focado na atenção primária e o componente clínico da HEARTS. Por fim, são examinados os principais fatores para acelerar a ampliação da HEARTS: medicamentos, atenção baseada no trabalho em equipe e um sistema de monitoramento e avaliação. Resultados recentes. Até o momento, 33 países e territórios da América Latina e do Caribe se comprometeram a integrar esse programa em toda sua rede de atenção primária à saúde até 2025. Comparado com o modelo tradicional, o aumento da cobertura e do controle da hipertensão arterial nos ambientes de atenção primária à saúde é promissor e confirma que as intervenções promovidas pela HEARTS são exequíveis e aceitas por comunidades, pacientes, prestadores de serviços de saúde, tomadores de decisão e financiadores. Nesta revisão, destacamos alguns casos nos quais a implementação foi satisfatória. Conclusões. Ampliar a aplicação de um tratamento eficaz contra a hipertensão arterial e otimizar o controle do risco de DCV são medidas pragmáticas para acelerar a redução da mortalidade por DCV e, ao mesmo tempo, fortalecer os sistemas de atenção primária à saúde para responder com qualidade, eficácia e equidade ao desafio apresentado pelas doenças não transmissíveis, não apenas nos países de baixa ou média renda, mas no mundo todo.