SAÚDE MENTAL


ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

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GONCALVES, Daniel Almeida et al. Estudo multicêntrico brasileiro sobre transtornos mentais comuns na atenção primária: prevalência e fatores sociodemográficos relacionados. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 30, n. 3, p. 623-632, mar. 2014. Disponível em Scielo

Problemas de saúde mental são comuns na atenção primária e são geralmente relacionados à ansiedade e à depressão. Este estudo tem o objetivo de avaliar a taxa de transtornos mentais comuns e suas associações com características sociodemográficas em unidades de saúde da família. É um estudo multicêntrico, transversal, com os usuários da atenção primária do Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza (Ceará) e Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Brasil. Utilizou-se o General Health Questionnaire (GHQ-12) e o Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD). A taxa de transtornos mentais nos usuários do Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre foram, respectivamente, 51,9%, 53,3%, 64,3% e 57,7%, com diferenças significativas entre Porto Alegre e Fortaleza comparando-se ao Rio de Janeiro. Problemas de saúde mental foram especialmente altos em mulheres, desempregados, em pessoas com baixa escolaridade e com baixa renda. Dadas as iniciativas do governo brasileiro para o desenvolvimento os cuidados primários e para reorganização da política pública de saúde mental, é importante considerar os transtornos mentais comuns como uma prioridade tal como outras morbidades crônicas.


EDUCAÇÃO EM SAÚDE; EQUIPE INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE

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GOMES, Maria Paula Cerqueira; ABRAHÃO, Ana Lúcia; AZEVEDO, Flávia Fasciotti Macedo; LOUZADA, Rita de Cássia Ramos. Formação e qualificação: um estudo sobre a dinâmica educativa nas equipes de saúde mental do Rio de Janeiro, Brasil. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu,v. 17, n. 47, p. 835-845, 2013. Disponível em Scielo

Combinar educação e trabalho constitui alguns dos pressupostos do processo de formação no campo da saúde apresentados neste artigo, cujo propósito foi analisar as ofertas de formação empregadas por instituições do campo da saúde mental, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Optamos por uma pesquisa qualitativa a partir da seleção de uma amostra de instituições comprometidas com processos educativos nessa área (universidades e secretarias de saúde). A coleta de dados envolveu o contato com informantes e a análise de documentos, privilegiando as seguintes variáveis: público-alvo, duração, periodicidade, natureza, tipo de ação formativa e projeto político-pedagógico. Foram encontradas várias propostas de formação em saúde mental em diferentes tipos de instituições. A pesquisa resultou na elaboração de um mapa de instituições e ações formativas: uma matriz analítica da formação e qualificação na área de saúde mental na região.


POLÍTICA DE SAÚDE; DESINSTITUCIONALIZAÇÃO

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LIMA, Sheila Silva; BRASIL, Sandra Assis. Do Programa de Volta para Casa à conquista da autonomia: percursos necessários para o real processo de desinstitucionalização. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 67-88, jan./mar. 2014. Disponível em Scielo

O Programa de Volta para Casa (PVC) visa contribuir para a inserção social de pessoas que estiveram internadas ao menos dois anos ininterruptos em hospital psiquiátrico. A pesquisa objetivou identificar o impacto desse programa, assim como do Benefício de Prestação Continuada (BPC), para a efetivação das ações de desinstitucionalização. Durante seis meses foram utilizadas técnicas de observação participante em duas Residências Terapêuticas localizadas em Salvador-BA, incluindo conversas informais com profissionais desses espaços e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que os administrava. Também foi realizada pesquisa documental em documentos oficiais referentes ao PVC. Os dados observados no cotidiano das residências sugerem que há um processo de burocratização e pouca autonomia em torno do uso do dinheiro, além de faltarem estratégias efetivas para a produção do empoderamento dos beneficiários do PVC. Observa-se a necessidade de um maior investimento em educação permanente dos profissionais, bem como de um significativo fortalecimento das chamadas “estratégias de desinstitucionalização” previstas pela Rede de Atenção Psicossocial.