SAÚDE MENTAL
AMÉRICAS
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TRIANNI, A.; TAUSCH, A.; SOUZA, R. O. E. Advancing mental health in the Americas: challenges and opportunities. Cadernos de Saúde Pública, v. 41, n. 9, p. e00162325, 2025. Disponível em Scielo
SAÚDE GLOBAL; TRANSTORNOS MENTAIS; PRISÕES
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ORTH, G. M. N. et al. Mental disorders in adults deprived of liberty in American countries: a scoping review. Cadernos de Saúde Pública, v. 41, n. 9, p. e00200624, 2025. Disponível em Scielo
Uma parcela significativa da população encarcerada no mundo está concentrada nas Américas. Há evidências consistentes de que transtornos mentais são mais prevalentes entre os indivíduos encarcerados em comparação à população em geral. Apesar disso, as necessidades de saúde mental nas prisões são frequentemente negligenciadas. Ademais, nas Américas, a lacuna no tratamento de transtornos mentais permanece substancial. O objetivo deste estudo foi conduzir uma revisão de escopo da literatura científica sobre a prevalência de problemas de saúde mental entre populações encarceradas em países americanos sob uma perspectiva global de saúde mental. A busca foi realizada em bases de dados, como SciELO, Embase, PubMed/MEDLINE, Web of Science, Scopus, PsycINFO e CINAHL (EBSCO), para artigos publicados entre 2013 e 2023 em português, inglês e espanhol. A amostra final foi composta por 42 artigos. Os países da América do Sul foram os mais estudados, seguidos pelos países da América do Norte, enquanto a América Central teve a menor representatividade. Os estudos analisados focaram em: a prevalência de problemas de saúde mental entre as populações encarceradas nas Américas; as ligações entre transtornos mentais, comportamento agressivo e reincidência criminal; mortalidade entre indivíduos encarcerados; e o estigma como barreira ao acesso a serviços de saúde mental. Constatou-se que investir em serviços de saúde mental é essencial para fornecer atendimento adequado aos presos, o que poderia ajudar a reduzir as taxas de encarceramento. No entanto, a superlotação nas prisões em todo o continente representa uma barreira significativa à prestação de tratamentos para a saúde mental.
SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL; QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE; AVALIAÇÃO EM SAÚDE
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SILVA, D. C. M. da; DUBEUX, L. S. Matriciamento em saúde mental: a perspectiva dos profissionais de Centros de Atenção Psicossocial. Saúde em Debate, v. 49, n. 145, p. e9800, abr. 2025. Disponível em Scielo
O objetivo deste estudo é avaliar a implantação do matriciamento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) tipos II e III 24 horas em Recife, Pernambuco. Desenvolveu-se um estudo avaliativo, do tipo normativo, com aferição do Grau de Implantação (GI) baseado em critérios, indicadores e parâmetros de estrutura e processo orientados pela construção do modelo lógico e da matriz de análise e julgamento, validados por consulta a especialistas. A coleta dos dados envolveu a aplicação de questionário estruturado com 97 gestores e profissionais de nível superior, observação não participante e consulta a documentos. Apontam-se GI incipiente (53,1%) da intervenção, e por dimensão, estrutura e processo (44,8% e 57,2%, respectivamente). Na dimensão processo, o componente ações educacionais apresentou-se não implantado (18%), enquanto as ações pedagógico-terapêuticas se mostraram implantadas (78,4%), à exceção do Caps E. O estudo demonstrou implantação desfavorável, expondo fragilidades e fortalezas das ações do matriciamento dos Caps de Recife, com capacidade para contribuir para a adoção de mudanças positivas na gestão e na prática clínica. Recomenda-se investimento em formação profissional de matriciadores e gestores, em instrumentos de trabalho, em tecnologias digitais e em ações educativas.
Publicado: Thursday, 01 de January de 1970