ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
AVALIAÇÃO DE PROCESSOS E RESULTADOS EM CUIDADOS DE SAÚDE; EQUIPE MULTIPROFISSIONAL; SAÚDE DA FAMÍLIA; SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
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DAMASCENA, C. G. et al. Avaliação da resolutividade clínico assistencial de equipes multiprofissionais em um município do nordeste brasileiro. Saúde em Debate, v. 49, n. 145, p. e9941, abr. 2025. Disponível em Scielo
Este artigo teve como objetivo avaliar a resolutividade clínico-assistencial das equipes multiprofissionais de um município do nordeste brasileiro. O conceito de resolutividade utilizado se relaciona com o impacto positivo na qualidade de vida dos usuários e considera a funcionalidade e os fatores contextuais no seu desenvolvimento. É uma pesquisa do tipo quantitativa, com abordagem avaliativa e longitudinal. Houve seguimento de usuários assistidos de forma prioritária, com acompanhamento compartilhado entre profissionais das equipes multiprofissionais e da Estratégia Saúde da Família. A evolução clínica dos usuários foi realizada pelo Formulário para Avaliação e Monitoramento da Resolutividade Clínico-assistencial do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (RCaNasf). Os resultados estão apresentados em duas seções: a primeira discute o perfil dos sujeitos da pesquisa, considerando seus aspectos sociodemográficos e clínicos, elementos importantes para o entendimento do trabalho em saúde das equipes multiprofissionais; e a segunda discute a resolutividade dessas equipes na produção da qualidade de vida dos usuários na atenção primária à saúde. Conclui-se sugerindo a utilização do RCaNasf para o acompanhamento dos casos compartilhados entre as equipes multiprofissionais e de Saúde da Família, enriquecendo o processo de trabalho e a prática da avaliação em saúde.
PROTOCOLOS; PERÍODO PÓS-PARTO; RECÉM-NASCIDO
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SANTOS, E. G. dos; RATTNER, D. Puerpério: estudo de diretrizes para Atenção Primária à Saúde. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 25, p. e20240063, 2025. Disponível em Scielo
Objetivos: identificar as convergências e as divergências entre as recomendações da Organização Mundial da Saúde e as do Ministério da Saúde para a assistência no puerpério na Atenção Primária à Saúde. Métodos: pesquisa documental descritiva com utilização de documentos institucionais disponíveis eletronicamente, realizada mediante leitura comparativa das recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde entre os anos de 2022-2024. Comparou-se 38 das 63 recomendações da Organização Mundial da Saúde, excluindo-se as de âmbito hospitalar, gestão central e aquelas muito semelhantes. Resultados: identificaram-se recomendações convergentes: triagem ocular universal, triagem auditiva neonatal universal e vacinação neonatal de rotina; recomendações parcialmente convergentes: conduta referente ao ingurgitamento mamário, orientação quanto às atividades físicas e suplementação de vitamina D para crianças; e recomendações divergentes: treinamento rotineiro muscular do assoalho pélvico, uso de instrumento validado para triagem de depressão e ansiedade no pós-parto, suplementação de vitamina A no pós-parto e momento adequado para o primeiro banho do recém-nascido. Conclusão: entre as recomendações estudadas, 31,6% foram convergentes, 36,8% parcialmente convergentes e 31,6% divergentes. As recomendações parcialmente convergentes e as divergentes somaram 68,4% sinalizando a necessidade de sua revisão pelo Ministério da Saúde.
SERVIÇOS MÉDICOS DE EMERGÊNCIA; ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
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BANDEIRA, R. C. et al. Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Primária à Saúde: uma integração possível. Saúde em Debate, v. 49, n. 145, p. e9543, abr. 2025. Disponível em Scielo
Este estudo teve como objetivo analisar a complementariedade da atenção e os processos de trabalho entre a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a Atenção Primária à Saúde (APS) em um município de médio porte no estado do Rio de Janeiro, enfocando a integração assistencial. Trata-se de pesquisa descritiva que utilizou dados primários (entrevistas com 5 gestores e survey de 283 usuários) e secundários (dados de produção da UPA e da Estratégia Saúde da Família – ESF). O município tem cobertura populacional de 100% pela ESF e uma rede de urgência suficiente. Entretanto, prioriza investimento na UPA em detrimento da APS. Entre 2018 e 2022, 90% dos atendimentos na UPA foram urgências de baixo risco. As principais doenças que levaram os usuários à UPA incluíram condições osteomusculares (24%), respiratórias (15%), infecciosas e parasitárias (11%). Os sintomas mais frequentes foram gripais (24%) e osteomusculares (22%). Usuários priorizam a busca por cuidados na UPA por limitações da ESF, comodidade e desconhecimento. Os 33 entrevistados que foram à ESF e depois à UPA alegaram ausência de médicos e indisponibilidade de agendamento. Fluxos assistenciais não são definidos e sistemas de informação não se comunicam. Dados indicaram que a integração entre APS e UPA é frágil.
Publicado: Thursday, 01 de January de 1970