Nísia Trindade Lima
01/01/2023
Nísia Trindade Lima é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde. A ministra também foi a primeira mulher a presidir a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição histórica de ciência e tecnologia e referência internacional, entre 2017 e 2022.
Nísia é doutora em Sociologia (1997), mestre em Ciência Política (1989), pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj – atual Iesp) e graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj, 1980).
É pesquisadora de produtividade de nível superior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com reconhecimentos adicionais por sua produção científica e ações para aprimorar o diálogo entre ciência e sociedade. Sua obra é referência na área de pensamento social brasileiro, história das ciências e saúde pública. Lecionou e orientou gerações de alunos em todos os níveis de formação, do ensino básico ao pós-doutorado, como docente na Uerj e na Fiocruz. É autora de dezenas de artigos, livros e capítulos com reflexões sobre os dilemas da sociedade nacional, sobretudo as cisões entre os Brasis urbano e rural, moderno e atrasado. No campo das ciências sociais vem contribuindo através de diferentes iniciativas para o fortalecimento das ações de pesquisa e ensino. Uma de suas realizações foi a criação da Biblioteca Virtual do Pensamento Social (BVPS), em colaboração com a UFRJ e rede de instituições. Participa dos conselhos editoriais dos periódicos: Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência; História, Ciências, Saúde-Manguinhos; Caderno de História da Ciência-Instituto Butantan; Escritos da Fundação Casa de Rui Barbosa; Medical History.
Sua tese de doutorado “Um Sertão Chamado Brasil” conquistou o Prêmio de Melhor Tese de Doutorado em Sociologia no IUPERJ e sua publicação encontra-se em 2ª edição. É pesquisadora titular da Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz e professora de Pós-Graduação do Programa de História das Ciências e da Saúde. É também professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia do IESP/UERJ e professora adjunta de sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foi diretora da Editora Fiocruz (2006-2011).
Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Pensamento Social Brasileiro, atuando principalmente nos seguintes temas: ciência e pensamento social no Brasil; história das ideias em saúde pública; sertão no pensamento brasileiro; história do desenvolvimento no Brasil e história das ciências sociais em saúde. Toda a sua atuação como gestora e intelectual está baseada na promoção do valor social da ciência no Brasil e na realização de ações que aproximem a ciência da sociedade.
Marcelo Queiroga
23/03/2021 a 31/12/2022
Médico cardiologista, Marcelo Queiroga foi presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), sendo membro permanente do seu Conselho Consultivo. Integra, desde os anos 90, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba na qualidade de Conselheiro Titular, tendo ocupado a diretoria por duas ocasiões. No Conselho Federal de Medicina, foi membro da Comissão de Avaliação de Novos Procedimentos em Medicina, por 4 anos. Atualmente, preside a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Natural de João Pessoa (PB), Queiroga é formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (1988). Fez residência médica no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, e treinamento em hemodinâmica e cardiologia intervencionista na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Sua carreira inclui passagens pela presidência da Sociedade de Cardiologia da Paraíba e diretoria do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (Unimed João Pessoa), médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, na Paraíba, além de membro do Conselho Científico do Instituto Lado a Lado.
Eduardo Pazuello
16/09/2020 a 23/03/2021
Eduardo Pazuello é natural do Rio de Janeiro, tem 56 anos e é General de três estrelas. Carrega condecorações como Pacificador, Ordem do Mérito Militar Grande Oficial, Mérito Tamandaré e Distintivo de Comando Dourado.
O ministro se formou em 1984 na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), como Oficial de Intendência – área responsável por tarefas administrativas e de logística. Também fez o curso de Comando e Estado Maior no Exército e o Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais na Força Aérea Brasileira (FAB).
No Rio de Janeiro, comandou o Batalhão Logístico de Paraquedistas e foi diretor do Depósito Central de Munição. Foi assessor de Planejamento, Programação e Controle Orçamentário do Comando Logístico e comandante da Base de Apoio Logístico do Exército.
General desde 2014, coordenou as tropas do Exército durante as Olímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro, e esteve à frente da Base Logística Multinternacional Integrada na tríplice fronteira. Em 2018, coordenou a Força-Tarefa Logística Humanitária (Operação Acolhida), responsável por abrigar refugiados da Venezuela.
Durante a intervenção federal em Roraima, foi Secretário da Fazenda do Estado. Em seguida, foi nomeado comandante da 12ª Região Militar, em Manaus (AM). Em 22 de abril de 2020, assumiu como secretário-executivo do Ministério da Saúde, até ser nomeado, no mês seguinte, ministro interino da pasta.
Nelson Teich
17/4/2020 a 15/05/2020
Nelson Teich nasceu no Rio de Janeiro (RJ). Possui graduação em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ – 1980) e duas especializações: em Medicina Interna (1985-1987) e em Oncologia Clínica (1987-1990). Também fez dois cursos na área de gestão e liderança da saúde na Escola de Harvard (2005 e 2006) e outros cinco cursos estratégicos nas áreas de prestação de cuidados, mensuração de valores e gestão de projetos de saúde pela instituição, no estado de Boston, nos Estados Unidos, e em Xangai, na China.
Também estudou economia da saúde de produtos farmacêuticos pela Escola Europeia de Economia da Saúde de Cannes, na França (2007), e em Avaliação Socioeconômica de Medicamentos (2007) pela Universidade de York, no Reino Unido. Possui ainda pós-graduação em Economia da Saúde (2007-2009 e 2016) e mestrado em Avaliação Econômica de Tecnologia de Saúde (2017-2017), também pela Universidade de York.
Iniciou sua carreira como médico assistente de Atenção Primária no Hospital de Praia Brava, em Angra dos Reis (RJ), em 1981. E atuou no Hospital Geral de Jacarepaguá (RJ), entre 1985 e 1989. Também é um dos fundadores do Grupo COI (Clínicas Oncológicas Integradas), que presidiu até 2018, onde também criou o Instituto de Gestão, Educação e Pesquisa, destinado a realizar pesquisas clínicas sobre câncer.
Prestou consultoria em Economia da Saúde ao Hospital Israelita Albert Einstein (2010-2011) e foi membro do Projeto Oncorede da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dedicado a avaliar e otimizar o cuidado do paciente com câncer no âmbito da saúde suplementar. E desde setembro de 2019 prestava assessoria para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), do Ministério da Saúde.
É também autor de livros, contribuindo com as publicações Avaliação de Tecnologias em Saúde (2010); Fronteiras de Auditoria de Cuidados de Saúde (2008) e Câncer da laringe: uma abordagem multidisciplinar (1997).
Luiz Henrique Mandetta
02/01/2019 a 16/4/2020
Luiz Henrique Mandetta, natural de Campo Grande, município do estado do Mato Grosso do Sul, é médico formado pela Universidade de Gama Filho, no Rio de Janeiro (RJ), em 1989, e pós-graduado em ortopedia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e especialista em ortopedia pediátrica pela Fellow da Emory University, em Atlanta, Georgia (EUA). Além disso, é também especialista em gestão de serviços e sistema de saúde pela Fundação Getúlio Vargas.
Iniciou sua carreira como médico no Hospital Geral do Exército e em 1993 passou a compor o quadro de médicos da Santa Casa de Campo Grande (MS). Foi conselheiro fiscal da Cooperativa de Médicos, a Unimed, de Campo Grande de 1998 a 1999.
De 2005 a 2010, foi secretário Municipal de Saúde do município de Campo Grande (MS), atuando intensivamente no combate a maior infestação do mosquito Aedes aegypti.
Deputado Federal pelo estado de Mato Grosso do Sul desde 2011, empenhou esforços nas áreas sociais, especialmente na saúde, assistência social e educação. É membro da Comissão Especial que acompanha as ações de combate ao vírus zika.
Gilberto Occhi
02/04/2018 a 02/01/2019
Gilberto Magalhães Occhi, natural de Ubá, município do estado de Minas Gerais, é advogado formado pela Universidade de Vila Velha (ES) e pós-graduado nas áreas de Gestão Empresarial pela Universidade de Brasília e Comércio Exterior pela Universidade Católica de Brasília.
Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal desde novembro de 1980. Possui 37 anos de experiência em diversas áreas da empresa, operacionais e estratégicas, tendo ocupado diferentes níveis e funções gerenciais no banco. Foi vice-presidente de Governo entre 2013 e 2014, Superintendente Nacional do banco entre 2011 e 2013 e Superintendente Regional em Alagoas e Sergipe de 2004 a 2011.
Occhi, ocupou os cargos de Ministro de Estado no Ministério da Integração Nacional entre janeiro de 2015 e abril de 2016 e, no Ministério das Cidades, entre março e dezembro de 2014.
Em junho de 2016, tomou posse como Presidente da Caixa Econômica Federal.
Ricardo Barros
13/05/2016 a 02/04/2018
Ricardo José Magalhães Barros é Engenheiro Civil formado pela Universidade Estadual de Maringá, em 1981, e especializado em políticas públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2000. Possui mais de 25 anos de experiência na vida pública.
Com 28 anos, foi eleito prefeito de Maringá (1989-1993), sua cidade natal, tornando-se o mais novo a assumir o cargo no município. Deputado Federal por quatro mandatos (1995-1998, 1999-2002, 2003-2006 e 2007-2010), sendo líder do governo Congresso em 2002. Além disso, foi secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, do estado do Paraná.
Na Câmara Federal, foi reconhecido como um parlamentar articulador, participando como presidente e membro de várias comissões, inclusive como presidente da Frente Parlamentar da Indústria Pública de Medicamentos. Foi Relator Geral do Orçamento 2016, da Comissão Mista de Planos, Orçamento Público e Fiscalização.
Foi membro do Conselho Superior de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), entre o período de 2008 a 2010. E presidente do Conselho Nacional dos Secretários Desenvolvimento Econômico (Conserdic) entre 2011 e 2012.
Barros é autor do livro “De olho no dinheiro do Brasil – Orçamento da União, agora você pode participar”, publicado em 2007.
Marcelo Castro
05/10/2015 a 27/04/2016
Marcelo Costa e Castro é médico, com residência e especialização em Psiquiatria.
Foi professor das universidades Federal do Piauí (UFPI), Federal Fluminense (UFF) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde coordenou o curso de Psicopatologia. Atuou também como professor de física na Escola Técnica Federal do Piauí.
Trabalhou em clínicas e hospitais públicos em Teresina (PI) e no Rio de Janeiro (RJ). É médico aposentado do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps), órgão em que começou a atuar por meio de concurso público em 1976.
Entre 1999 e 2001, foi secretário Estadual de Agricultura do governo do Piauí e, entre 1995 e 1998, presidente do Instituto de Assistência e Previdência (IAPEP). Neste último, foi responsável pela criação do Plano de Saúde do Servidor Público.
Atua na política desde 1982, tendo exercido três mandatos de deputado estadual do Piauí e cinco mandatos como deputado federal. Eleito em 2014, licenciou-se do cargo de deputado federal para assumir o Ministério da Saúde em outubro do ano seguinte.
Foi vice-líder do Governo na Câmara dos Deputados em 2015, titular da Comissão de Seguridade Social entre 2011 e 2015, tendo atuado também nas comissões da Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia e da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
Participou na luta pela divisão igualitária dos royalties do petróleo em 2013, que obteve êxito em todas as votações no Congresso Nacional, e foi relator da Reforma Política em 2015, quando percorreu diferentes estados para debater o tema.
É casado e pai de cinco filhos, natural de São Raimundo Nonato, no sul do Piauí.
Arthur Chioro
03/02/2014 a 02/10/2015
Arthur Chioro é médico sanitarista e doutor em Saúde Coletiva pela Unifesp/SP, professor universitário, pesquisador nas áreas de gestão e planejamento em saúde.
Participou da gestão do Ministério da Saúde entre 2003 e 2005 como Diretor do Departamento de Atenção Especializada, onde coordenou projetos inovadores e de fundamental importância para o SUS, entre os quais: a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192); o processo de certificação e contratualização dos Hospitais de Ensino; a criação do projeto de contratualização dos Hospitais de Pequeno Porte e dos Hospitais Filantrópicos com o SUS; a reorganização da rede de alta complexidade em saúde com a elaboração de políticas para Atenção ao Doente Renal, Doenças Cardiovasculares, Neurológicas. Participou ainda, das discussões do programa de internação domiciliar no SUS. Foi conselheiro de renomadas instituições de saúde e consultor da ANS (Agencia Nacional de Saúde Suplementar), contratado pela OPAS.
Foi Secretário de Saúde de São Vicente de 1989 a 1993 e em 2009, assumiu a Secretaria de Saúde do Município de São Bernardo do Campo (SP).
Foi duas vezes presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saude (COSEMS-SP), a última em 2013.
É casado e pai de 4 filhos.
Alexandre Padilha
01/01/11 a 03/02/2014
Médico infectologista formado pela Unicamp, com especialização pela USP, Padilha coordenou o Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP (Numetrop/USP), entre 2000 e 2004, período que foi também coordenador de Projetos de Pesquisa, Vigilância e Assistência em Doenças Tropicais, no Pará, realizado em parceria com a OPAS e o Fundo de Pesquisa em Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde. Ainda em 2004, assumiu o cargo de diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa, órgão ligado ao Ministério da Saúde.
Nomeado ministro de estado chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República em setembro de 2009, Alexandre Padilha já atuava na coordenação política do governo Lula desde agosto de 2005, quando ingressou na Subchefia de Assuntos Federativos (SAF), a qual chefiou entre janeiro de 2007 e a posse como ministro.