DESCENTRALIZAÇÃO; ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
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FERREIRA, Juliana Moretti; MISHIMA, Silvana Martins. O processo de municipalização da saúde sob o olhar do ser humano-trabalhador de enfermagem da rede básica de saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, n. 2, p. 212-220, mar./abr. 2004. Disponível em Scielo
Objetiva-se identificar e analisar transformações presentes no processo de municipalização, na percepção dos auxiliares de enfermagem que atuam na rede básica de saúde de Marília-SP. Trata-se de estudo descritivo, para o qual o material coletado por meio de entrevistas semi-estruturadas foi organizado em dois núcleos temáticos: a incorporação tecnológica na rede básica e, em foco, a ampliação do acesso. Apesar dos grandes avanços identificados pelo conjunto dos entrevistados em relação à incorporação tecnológica e à ampliação do acesso da população ao sistema de saúde, não é possível afirmar que os trabalhadores se apropriaram do projeto político e ideológico que vem sendo construído no município.
RISCOS OCUPACIONAIS; ANTINEOPLÁSICOS
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ROCHA, Fernanda Ludmilla Rossi; MARZIALE, Maria Helena Palucci; ROBAZZI, Maria Lúcia do Carmo Cruz. Perigos potenciais a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem na manipulação de quimioterápicos antineoplásicos: conhecê-los para preveni-los. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, n. 3, p. 511-517, maio/jun. 2004. Disponível em Scielo
Constituíram objetivos deste estudo: identificar as informações que os trabalhadores de enfermagem possuem sobre os riscos a que estão expostos quando da manipulação de antineoplásicos, identificar quais as precauções de segurança utilizadas. Trata-se de pesquisa descritiva, com análise quantitativa dos dados, realizada num hospital privado do Estado de São Paulo. A amostra foi constituída por 30 trabalhadores de enfermagem. Utilizou-se um questionário e observação das práticas de trabalho para coleta dos dados. Os resultados revelaram que a maioria dos trabalhadores consideram que a manipulação de quimioterápicos antineoplásicos oferece riscos à sua saúde, não sendo capazes, porém, de identificar claramente esses riscos.
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
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MARTINS, Elizabeth Rose Costa; CORREA, Adriana Kátia. Lidar com substâncias psicoativas: o significado para o trabalhador de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, n. esp., p. 398-405, mar./abr. 2004. Disponível em Scielo
Neste estudo propus-me a compreender o significado do lidar com substâncias psicoativas para os trabalhadores de enfermagem que atuam em clínica médica de uma unidade hospitalar. Para alcançar tal propósito, foram utilizadas idéias do referencial metodológico fenomenológico. Foram feitas entrevistas a partir da questão norteadora “o que é para você lidar com substâncias psicoativas?”. A análise das falas revelou que esse lidar se mostra aos trabalhadores, em sua essência, um trabalho “como qualquer outro”, sendo significativa a ênfase dada ao fazer em detrimento da prática reflexiva; o receio de falar sobre “o proibido”, o que “compromete”, sendo a droga enfocada como uma possibilidade real de uso no cotidiano dos trabalhadores. Suas experiências reafirmam a necessidade de refletir e discutir sobre o fenômeno drogas, articulando as vivências intersubjetivas ao contexto das Políticas Nacionais e Internacionais de Saúde, favorecendo aos profissionais perceberem de forma mais crítica e questionadora o fenômeno.