08/9 – Dia Mundial da Raiva


A raiva é uma zoonose (doença que passa dos animais ao homem e vice-versa) transmitida por um vírus mortal tanto para o homem como para o animal. Envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução.

Transmissão:

A transmissão da raiva ocorre quando os vírus da raiva existentes na saliva do animal infectado penetram no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura. A raiva apresenta três ciclos de transmissão:

– urbano: representado principalmente por cães e gatos;
– rural: representado por animais de produção, como: bovinos, eqüinos, suínos, caprinos;
– silvestre: representado por raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos.

Sintomas:

Em todos os animais costumam ocorrer os seguintes sintomas:

– dificuldade para engolir;
– salivação abundante;
– mudança de comportamento;
– mudança de hábitos alimentares;
– paralisia das patas traseiras.

Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”, e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.

Raiva humana:

No início, os sintomas são característicos: transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura; essas alterações duram de 2 a 4 dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por 2 a 3 dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.

O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva:

– lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
– procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo;
– não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva;
– o animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais;
– se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde;
– nunca interromper o tratamento preventivo sem ordens médicas;
– quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o mate e procure o Serviço de Saúde.

Prevenção:

– levar os animais domésticos para serem vacinados contra a raiva, anualmente;
– procurar sempre o Serviço de Saúde, no caso de agressão por animais;
– manter seu animal em observação se ele agredir alguém;
– não deixar o animal solto na rua e usar coleira/guia no cão ao sair.

Colaborar com os Serviços de Saúde nas medidas de controle de raiva:

– notificar a existência de animais errantes nas vizinhanças de seu domicílio;
– informar o comportamento anormal de animais, sejam eles agressores ou não;
– informar a existência de morcegos de qualquer espécie;
– providenciar a entrega de animais para coleta de material para exames de laboratório, nos casos de morte dos animais com suspeita de raiva ou por causa desconhecida.

Evitar:

– tocar em animais estranhos, feridos ou doentes;
– perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo;
– separar animais que estejam brigando;
– entrar em grutas ou furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto);
– criar animais silvestres ou tirá-los de seu “habitat” natural.

Fontes:

Conselho Federal de Medicina Veterinária. Raiva: previna-se. A raiva mata. (Folder).

Dr. Dráuzio Varella