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ARAUJO, Fernando Antonio Glasner da Rocha; OLIVEIRA JR., Ubirajara. Guias de conduta vigentes para o rastreamento do câncer de próstata: uma revisão sistemática e proposta de núcleo mínimo. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 64, n. 3, p. 290-296, mar. 2018. Disponível em Scielo
Objetivo: Considerando a importância do rastreamento de câncer de próstata, a possibilidade de dano decorrente do rastreamento indiscriminado, a dificuldade de divulgação e adesão às diretrizes sobre o assunto, objetivamos identificar as principais diretrizes vigentes, procurar pontos de abordagem comuns e estabelecer um núcleo mínimo de condutas. Método: Revisão sistemática da literatura sobre guias de prática de rastreamento para câncer de próstata nas bases Pubmed, Lilacs e Google Scholar, além de busca ativa nos sítios de diversas entidades de saúde nacionais. Resultados: Foram selecionadas 12 diretrizes, cuja análise resultou na identificação de seis pontos comuns de conduta, com o seguinte núcleo mínimo de recomendações: (1) a indicação ou não de rastreamento: deve ser individualizada e precedida de uma decisão informada; (2) os exames utilizados: PSA com ou sem exame digital retal; (3) a idade de início geral: 50-55 anos; (4) a idade de início em homens com risco aumentado: 40 anos; (5) o intervalo entre os rastreamentos: anual ou bienal; e (6) a idade de suspensão do rastreamento: 70 anos ou expectativa de vida menor que 10 anos. Conclusão: Embora existam divergências entre elas, foi possível estabelecer um núcleo mínimo de condutas que podem ser úteis na prática diária do médico.