EDUCAÇÃO MÉDICA


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CARVALHO, Simone Bueno de Oliveira; DUARTE, Lucia Rondelo, GUERRERO, José Manoel Amadio. Parceria ensino e serviço em unidade básica de saúde como cenário de ensino-aprendizagem. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 123-144, jan./abr. 2015. Disponível em Scielo

O objetivo do estudo foi conhecer a percepção de docentes, discentes e profissionais das unidades básicas de saúde sobre a integração ensino-serviço no curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A amostra do estudo foi constituída por 14 docentes, 36 alunos do sexto ano e 38 profissionais de seis unidades parceiras, que responderam a um questionário semiestruturado sobre a integração ensino-serviço e sua evolução. As respostas discursivas foram analisadas segundo a técnica do discurso do sujeito coletivo, e as respostas às questões fechadas foram analisadas segundo a distribuição de frequência. Verificou-se que 73,9% dos respondentes (a maioria de adultos jovens e mulheres) perceberam avanços na integração ensino-serviço nos últimos anos, ‘com idas e vindas’, pois ‘é um processo’, ‘um aprendizado que leva tempo’. Os temas fortemente evidenciados foram os interesses distintos entre os atores, o envolvimento da universidade, a participação do aluno na unidade de saúde, a comunicação, a estrutura da unidade básica e o conhecimento da realidade.


INTERNATO E RESIDÊNCIA; 
UNIVERSIDADE PÚBLICA

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PONTES, Orlando Domingues de Araújo; SOUSA-MUNOZ, Rilva Lopes de. O internato médico no novo currículo de uma universidade pública: a apreciação do estudante. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 38, n. 4, p. 519-531, out./dez. 2014. Disponível em Scielo

OBJETIVOS: Avaliar a satisfação dos estudantes do internato do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) sobre seu último rodízio. MÉTODOS: Estudo transversal e observacional realizado no curso de Medicina da UFPB, envolvendo estudantes do novo currículo. Foi aplicado um questionário elaborado pelos autores e pré-testado. RESULTADOSForam incluídos 124 estudantes (91,2% dos internos). A média dos percentuais de estudantes satisfeitos foi de 49,6%, correlacionando-se inversamente com o número de rodízios cursados. O maior grau de satisfação foi observado no rodízio de Saúde Coletiva (76%), e o mais baixo, no de Clínica Médica (23,1%) em todos os aspectos avaliados. Revelaram-se inexistência de preceptoria nos hospitais conveniados, excesso de atividades burocráticas, relacionamento conflituoso com residentes, prática insuficiente e enfoque em problemas muito específicos. CONCLUSÕES: A satisfação dos estudantes com o internato médico da UFPB foi baixa. O rodízio de Clínica Médica atingiu os percentuais mais baixos em todos os aspectos avaliados, enquanto o de Saúde Coletiva, os melhores. Constatou-se que o Regimento do internato não está sendo cumprido adequadamente.