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CHUEIRI, Patrícia Sampaio; HARZHEIM, Erno; GAUCHE, Heide; VASCONCELOS, Lêda Lúcia Couto de. Pessoas com doenças crônicas, as redes de atenção e a Atenção Primária à Saúde. Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, n. 52, p. 114-124, out. 2014. Disponível em Cebes
O Sistema Único de Saúde (SUS) já alcançou muitos resultados, entretanto, o rápido envelhecimento da população, a transição do perfil epidemiológico e o conjunto de mudanças socioeconômicas ocorridas nos últimos anos propõem novos desafios para o SUS. Entre eles, destacam-se o cuidado das pessoas com doenças crônicas e os tensionamentos que estas provocam no sistema de saúde, tanto com relação à sua macro-organização (gestão compartilhada, regulação, regionalização) quanto à micro-organização, ou seja, aqueles relacionados ao processo de trabalho das equipes de atenção direta. Neste sentido, este artigo tem como objetivo refletir sobre: o processo de formação de redes regionalizadas de atenção à saúde; o papel dos estados; o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS); e o papel da APS no cuidado das pessoas com doenças crônicas. Para isso, descreve e problematiza as ações do Ministério da Saúde, nos últimos anos, que vão ao encontro do tema: o cuidado das pessoas com doenças crônicas.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
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COSTA, Simone de Melo et al. Práticas de trabalho no âmbito coletivo: profissionais da equipe Saúde da Família. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, p. 292-299, 2014. Disponível em Scielo
Este artigo analisou as práticas de trabalho no âmbito coletivo dos profissionais de nível superior vinculados à Estratégia Saúde da Família (ESF) de Montes Claros (MG), Brasil. Trata-se de estudo transversal, quantitativo e de cunho censitário. A coleta de dados se deu por meio de um questionário autoaplicado. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS. Participaram 95 profissionais de odontologia, enfermagem e medicina. A maioria realiza educação em saúde para gestantes (86,8%), hipertensos (81,0%) e diabéticos (79,0%). Os profissionais realizam visitas domiciliares, sendo o critério mais destacado a condição de acamado (33,0%). A maioria (90,0%) destina tempo na agenda para ações administrativas, gerenciais, para reflexão em equipe e educação permanente. Concluiu-se que as práticas de trabalho na Saúde da Família incorporaram ações no âmbito coletivo, o que sugere reorientação do modelo assistencial tradicional em saúde.
GESTÃO EM SAÚDE; APOIO MATRICIAL
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CASANOVA, Angela Oliveira; TEIXEIRA, Mirna Barros; MONTENEGRO, Elyne. O apoio institucional como pilar na cogestão da atenção primária à saúde: a experiência do Programa TEIAS – Escola Manguinhos no Rio de Janeiro, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 11, p. 4417-4426, nov. 2014. Disponível em Scielo
Este artigo apresenta reflexões acerca de conceitos e práxis de um novo dispositivo para a gestão e o cuidado em saúde: o apoio institucional. Considerado como uma função gerencial e de qualidade da atenção, que tem potência para reformular as práticas hierarquizadas e autoritárias de planejamento e coordenação em saúde, o apoio institucional é disparador de mudanças que fortalecem a autonomia, a responsabilização, as práticas coletivas e as novas relações entre gestores, profissionais e usuários do sistema de saúde. Esses pressupostos estão alinhados aos conceitos da Atenção Primária à Saúde (APS) integral e participativa, o que leva à conclusão que apoio institucional e matricial são processos que provocam novos modelos de gestão e atenção à saúde. Para apreensão do modo operacional desse dispositivo, se apresenta como estudo de caso a experiência do TEIAS-Escola Manguinhos da ENSP/Fiocruz que tem como um de seus pilares a adoção do apoio institucional como estratégia de corresponsabilização e gestão participativa na APS de uma comunidade da cidade do Rio de Janeiro.