ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE; SUS
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LORENZETTI, Jorge et al. Gestão em saúde no Brasil: diálogo com gestores públicos e privados. Texto & Contexto – Enfermagem, Florianópolis, v. 23, n. 2, p. 417-425, abr./jun. 2014. Disponível em Scielo
Estudo com objetivo de identificar os principais problemas da gestão em saúde no Brasil, a partir da opinião de gestores escolhidos intencionalmente. Os dados foram coletados entre julho e novembro de 2010, através de entrevistas com informantes chave: dois diretores de hospitais privados de referência nacional, localizados na região sudeste; e autoridades executivas do SUS, um de cada esfera de governo, municipal, estadual e da direção nacional. A gestão do SUS foi considerada desatualizada, o sistema carente de financiamento estável e com déficits no planejamento e na avaliação dos serviços. A falta de profissionalização da gestão foi identificada nos dois setores. Conclui-se que o SUS está em consolidação carecendo de mais recursos, financiamento estável e de gestão capaz de transformar os seus princípios e diretrizes em realidade; que os problemas de gestão também afetam o setor privado e que as parcerias público-privado não têm sido regidas pela responsabilidade pública.
FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS; QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
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MACEDO, Neuza Buarque de; ALBUQUERQUE, Paulette Cavalcanti de; MEDEIROS, Kátia Rejane de. O desafio da implementação da educação permanente na gestão da educação na saúde. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 379-401, maio/ago. 2014. Disponível em Scielo
O caminho utilizado neste estudo foi a revisão sistemática de literatura da produção científica e do marco normativo, com o objetivo de identificar as principais concepções teórico-conceituais referentes à gestão da educação na saúde no Brasil no período de 2003 a 2009. A gestão do Sistema Único de Saúde aponta para a necessidade de qualificação de gestores e profissionais para atuar no setor desde a graduação, incluindo a integração ensino-serviço e a formação profissional no ambiente de trabalho. Após a aplicação de critérios de inclusão, 16 artigos e seis portarias foram incluídos na revisão. No âmbito da gestão da educação na saúde, o debate gira em torno de duas principais concepções, a educação continuada e a educação permanente, centradas respectivamente no modelo acadêmico e na aprendizagem em equipe, inerente aos grupos de trabalhadores. A análise da produção científica e do marco normativo sugere que as transformações conceituais desafiam todos os atores da saúde a realizarem uma ruptura teórico-conceitual e de posicionamento subjetivo, superando uma posição de ‘recurso humano’, realizador de tarefas, para a de sujeito capaz de refletir sobre os processos de trabalho.