Vacinas seguras e eficazes podem mudar o mundo. Algumas infecções que eram comuns mataram milhões e deixaram inúmeras pessoas com deficiências, mas hoje se tornaram raras.
O Dia de Conscientização sobre a Necessidade de Vacina contra o HIV/Aids, comemorado anualmente em 18 de maio, tem o objetivo de reconhecer e agradecer a todos os voluntários dedicados, membros da comunidade, profissionais de saúde e cientistas que trabalham juntos para desenvolver uma vacina para prevenir o HIV. É também um dia para educar sobre a importância da pesquisa de uma vacina segura e eficaz como chave para acabar com o HIV/Aids.
É, ainda, uma data para se fazer um balanço do progresso, reconhecer as contribuições incalculáveis dos participantes e pesquisadores e explicar como o trabalho com o HIV criou uma base para a velocidade sem precedentes de desenvolvimento da vacina para COVID-19.
Enquanto se luta com a pandemia de COVID-19 e com a implementação da vacinação, falar sobre vacinas é talvez mais relevante do que em qualquer outro momento da história recente. HIV e COVID-19 apresentam, cada um, um quadro vívido sobre essa necessidade.
Em meados de 2017, mais da metade (20,9 milhões) de todos os indivíduos vivendo com HIV tiveram acesso aos medicamentos antirretrovirais, capazes de mantê-los vivos e saudáveis.
Na década passada, os recursos para a descoberta de uma vacina contra o HIV/Aids permaneceram estáveis, em torno de 900 milhões de dólares por ano, o que representa menos de 5% do total de fundos necessários para a resposta à aids. Aumentando os investimentos em pesquisa, diversificando o financiamento e atraindo os melhores cientistas de todo o mundo, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids) acredita que a vacina para o HIV pode se tornar realidade.
O programa da ONU lembra que passos promissores foram dados nos últimos anos, com quatro testes de grande escala em andamento. Abordagens inovadoras para a imunização estão mostrando resultados favoráveis em modelos animais.
Além disso, foi descoberta uma variedade cada vez maior de anticorpos neutralizantes amplamente potentes. Esses agentes protetores podem ser desenvolvidos para sobreviver no corpo humano e, um dia, evitar a infecção pelo HIV com uma injeção por ano.
O ritmo do progresso na redução de novas infecções por HIV, no acesso ao tratamento e no fim das mortes relacionadas à AIDS está diminuindo.
Dados de 2019 mostram que:
– 1.7 milhão de pessoas foram infectadas pelo HIV;
– 38 milhões de pessoas viviam com HIV;
– 690 mil pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS.
O fim durável e sustentável de qualquer epidemia depende de uma vacina!
Fontes: