ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE; COVID-19

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FERNANDEZ, Michelle; LOTTA, Gabriela; CORREA, Marcela. Desafios para a Atenção Primária à Saúde no Brasil: uma análise do trabalho das agentes comunitárias de saúde durante a pandemia de Covid-19. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, [online], v. 19, e00321153, jan. 2021. Disponível em Scielo

As fragilidades da Atenção Primária à Saúde podem ser reconhecidas por meio da análise do trabalho das agentes comunitárias de saúde. Uma vez que a situação enfrentada por essas profissionais representa desafios estruturais do sistema de saúde, este artigo tem como objetivo analisar a situação das profissionais em questão no enfrentamento à pandemia de Covid-19 no Brasil. Analisamos seus desafios com base nos dados coletados em um inquérito online e em netnografia. Para a realização da análise dos dados, optamos pela análise de conteúdo, inspirada na grounded-theory. Observamos três dimensões que representam como as agentes comunitárias de saúde experienciam a pandemia: mudanças nas práticas de trabalho, bem como nas interações entre trabalhadores e usuários e a expectativa do futuro no trabalho pós-pandemia. As análises mostram que para resguardar essas profissionais e garantir o funcionamento da Atenção Primária à Saúde é necessário contar com novas estratégias para viabilizar as dinâmicas locais de trabalho.

COVID-19; SISTEMAS DE SAÚDE; VIGILÂNCIA EM SAÚDE

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GIOVANELLA, Ligia et al. A atenção primária à saúde integral é parte da resposta à pandemia de Covid-19 na América Latina? Trabalho, Educação e Saúde, [online], Rio de Janeiro, v. 19, e00310142, jan. 2021. Disponível em Scielo

A América Latina tornou-se um dos epicentros da pandemia de Covid-19, com uma crise sanitária e humanitária. O objetivo do artigo é analisar as estratégias implementadas por países da Região para enfrentar a pandemia e o papel da Atenção Primária à Saúde, ponderando obstáculos e potencialidades. Foram analisados os casos de Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Uruguai e Venezuela. Os sete países adotaram estratégias de distanciamento social diversas com diferentes graus de sustentabilidade. As respostas enfatizaram mais a assistência hospitalar do que a vigilância, a identificação de casos, o rastreamento dos contatos e a viabilização de condições adequadas para isolamento. Em quase todos os casos estudados, foi subestimada a capacidade dos serviços de atenção primária no território. Ainda assim, iniciativas de atenção primária com enfoque territorial e comunitário buscaram integrar a vigilância à saúde com a promoção, prevenção e cuidado, apesar de implantação parcial. Nesse contexto, uma atenção primária integral e integrada adquire novo significado e requisita novos desenvolvimentos de forma a contribuir para a recuperação do equilíbrio entre a sociedade e o meio ambiente. A pandemia mostrou a necessidade de repensar os sistemas de atenção à saúde e a importância da atenção primária à saúde integral e integrada.

EQUIPE INTERDISCIPLINAR DE SAÚDE; GESTÃO DE MUDANÇA; DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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AMARAL, Vanessa de Souza; OLIVEIRA, Deíse Moura de; AZEVEDO, Clayver Viktor Moreira de; MAFRA, Rennan Lanna Martins. Os nós críticos do processo de trabalho na Atenção Primária à Saúde: uma pesquisa-ação. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, [online], v. 31, n. 1, e310106, 2021. Disponível em Scielo

Pesquisa qualitativa com abordagem da pesquisa-ação cujo objetivo foi identificar os nós críticos inscritos no processo de trabalho da Atenção Primária à Saúde (APS). Participaram 44 profissionais/gestores da APS de um município do interior de Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu de junho a dezembro de 2019, por meio da técnica de observação participante e, posteriormente, de oficinas. Os dados foram analisados a partir da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin e sob a perspectiva dos referenciais teóricos de Rudimar Baldissera e Paulo Freire. Na análise, emergiram cinco categorias, que expressaram os nós críticos identificados na observação participante e validados pelos profissionais nas oficinas: ambiência, comunicação, educação permanente, planejamento e identidade profissional. Esta pesquisa sinaliza a importância do diálogo e da reflexão crítica das práticas de saúde como instrumentos de transformação do processo de trabalho em saúde.