01 a 07/11 – Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal


 

De acordo com a Lei nº 13.230/2015, que instituiu a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, são objetivos da comemoração da data:

– Estimular ações preventivas e campanhas educativas relacionadas ao câncer bucal;
– Promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de câncer bucal;
– Apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol do controle do câncer bucal;
– Difundir os avanços técnico-científicos relacionados ao câncer bucal.

Para o Sistema de Conselhos Regionais de Odontologia, o maior desafio no combate ao câncer bucal é a desinformação sobre a doença, daí a importância da divulgação de informações confiáveis oportunizadas por essa Semana Nacional.

O câncer de boca, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno, que atinge a estrutura bucal (gengivas, bochechas, palato e a língua).

A parte posterior da língua, as amígdalas e o palato fibroso fazem parte da região chamada orofaringe e seus tumores têm comportamento diferente do câncer de cavidade oral.

O diagnóstico precoce é o fator principal para cura da doença, o que representa 95% de chance. Quando o paciente apresenta alguma sintomatologia como dor ou dificuldade de mover a língua, que são dores mais avançadas, a chance de cura cai para 45%.

Em estágio inicial o câncer de boca é silencioso e não apresenta sintomas. Assim, a consulta com o Cirurgião-Dentista a cada seis meses é o ideal para sua avaliação e prevenção.

Em caso de lesões suspeitas como, manchas ou lesões esbranquiçadas e espessas (leucoplasias), potenciais para materialização do câncer bucal, a visita ao Cirurgião-Dentista deve acontecer a cada três ou quatro meses. No caso de pacientes que já foram tratados, a avaliação deve ser mais próxima, a cada três ou quatro meses também.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que o Câncer Bucal é mais comum em homens com idade acima dos 40 anos. Estima-se 11.180 casos novos da doença em homens e 4.010 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022. As regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores taxas de incidência e de mortalidade da doença.

Sinais e sintomas:

– lesões na cavidade oral ou nos lábios, que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramento e estejam crescendo;
– manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas;
– nódulos no pescoço;
– rouquidão persistente.

Nos casos mais avançados, observa-se:

– dificuldade de mastigar e de engolir;
– dificuldade na fala;
– sensação de que há algo preso na garganta;
– dificuldade para movimentar a língua.

Fatores que aumentam o risco do câncer de boca:

– exposição ao sol sem proteção representa risco importante para o câncer de lábios;
– excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de boca;
– exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxico, está associada ao desenvolvimento de câncer de boca;
– trabalhadores da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, canteiros, pintores e mecânicos de automóveis, podem apresentar risco aumentado de desenvolver a doença;
– infecção pelo vírus HPV está relacionada a alguns casos de câncer de orofaringe;
– tabagismo: quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco, como cigarro de palha, de Bali, de cravo ou kreteks, fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé, entre outros, tem risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco de câncer.

Tratamento:

Na maioria das vezes o tratamento é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. A cirurgia consiste na retirada da área afetada pelo tumor, associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução, quando necessário.

Em lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas retirar a lesão, já em casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é preciso realizar radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante a participação de vários profissionais de saúde, visando a prevenir complicações e sequelas.

Prevenção:

Além de boa higiene bucal, cuidados simples como evitar o fumo; o alto consumo de bebidas alcoólicas; usar preservativo na prática do sexo oral; manter uma alimentação rica em legumes, verduras e frutas; estar atento a mudanças na coloração ou no aspecto da boca são essenciais para evitar a doença.

Confira as publicações disponíveis na página do INCA!


Fontes
:

Conselho Federal de Odontologia
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Ministério da Saúde. Saúde de A a Z