O Dia Mundial da Pneumonia, 12 de novembro, ocorre em 2021 durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26).
A poluição do ar é o principal fator de risco de morte por pneumonia em todas as faixas etárias. Quase um terço de todas essas mortes foram atribuídas ao ar poluído e mataram cerca de 749.200 pessoas em 2019.
A poluição do ar doméstico contribuiu com 423.000 das mortes, enquanto a poluição do ar exterior contribuiu com 326.000.
São os muito jovens e os muito velhos que correm o maior risco. As crianças são mais suscetíveis à poluição do ar doméstico em casas que usam regularmente combustíveis e tecnologias poluentes para cozinhar, aquecer e iluminar.
Enquanto a poluição do ar exterior, especialmente de poluentes emitidos por indústrias e fumaça de escapamento de automóveis, afeta desproporcionalmente a saúde respiratória entre os adultos mais velhos.
A doença é a maior causa infecciosa de mortes de adultos e crianças – ceifando a vida de 2,5 milhões de pessoas em 2019, incluindo 672.000 crianças. O aumento dos esforços para combater a pneumonia poderia evitar quase nove milhões de mortes de crianças por pneumonia e outras doenças importantes até 2030.
É preciso trabalhar juntos para acabar com o peso evitável da pneumonia:
– Aumentando a conscientização sobre a doença, principal causa de morte em crianças;
– Fortalecendo, acelerando e mantendo as intervenções para prevenir e tratar a pneumonia;
– Concentrando-se no acesso equitativo e na execução de programas abrangentes de prevenção e controle;
– Elaborando estratégias que alcancem as populações vulneráveis para melhorar seu acesso às intervenções disponíveis.
É preciso apelar aos governos para:
– Melhorar o acesso igualitário e sustentado a intervenções eficazes de prevenção e controle da pneumonia;
– Fortalecer os sistemas de saúde para que encontrem estratégias que reduzam as mortes por pneumonia de maneira rápida e eficaz, incluindo o fornecimento de antibióticos e de oxigênio; – Aumentar o apoio às estratégias de prevenção, incluindo a imunização com a vacina pneumocócica conjugada e as vacinas para COVID-19, reduzindo a exposição ao tabaco, à poluição do ar, aumentando o acesso a água potável segura e ao saneamento;
– Apoiar pesquisas sobre estratégias inovadoras de diagnóstico, prevenção e tratamento.
Para o Forum of International Respiratory Societies (FIRS), há necessidade urgente de que sejam feitos progressos para acabar com o peso evitável da doença e todos têm um papel a desempenhar para o fim das mortes por pneumonia até 2030.
No Brasil, entre janeiro e agosto deste ano, 417.924 pacientes foram hospitalizados por causa de pneumonia, totalizando gastos totais de mais de R$ 378 milhões com serviços hospitalares.
No mesmo período do ano passado, foram 430.077 internações, de acordo com informações do Datasus.
A pneumonia é uma infecção nos pulmões provocada por bactérias, vírus ou fungos, sendo que o Streptococcus Pneumoniae é o agente causador em 60% dos casos.
Embora a taxa de mortalidade provocada pela doença esteja em queda, a quantidade de internações e o alto custo do tratamento ainda são desafios para a saúde pública e a sociedade como um todo.
O diagnóstico e tratamento precoces, no entanto, impedem eventuais agravamentos de seu quadro clínico.
A infecção por H1N1, H2N3 (Influenza) ou SARS-CoV-2 (COVID-19) também podem favorecer infecções respiratórias bacterianas secundárias. Portanto, vacinar-se contra a influenza, a COVID-19 e o pneumococo, quando indicadas pelo médico, é essencial para a prevenção da pneumonia.
As principais manifestações clínicas da doença são tosse com produção de expectoração; dor torácica, que piora com os movimentos respiratórios; mal-estar geral e febre.
Para tratar a pneumonia, é necessário prover acesso aos antibióticos, às internações e à suplementação de oxigênio, quando necessário.
Fontes:
Câmara dos Deputados
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
Stop Pneumonia