O Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a gravidade, as altas taxas de ocorrência e como reduzir o peso do problema por meio de uma melhor conscientização do público sobre os fatores de risco e os sinais de AVC, com uma campanha emocional destacando o que pode ser salvo (memórias, movimento, fala, vida) se todos conhecerem os sintomas e agirem rapidamente para socorrer a vítima.
É, ainda, um momento para defender a ação dos tomadores de decisão nos níveis global, regional e nacional que são essenciais para melhorar a prevenção, o acesso ao tratamento na fase aguda e o apoio aos sobreviventes e seus cuidadores.
Para os anos de 2021 e 2022, a campanha está focada no aumento da conscientização sobre os sinais de AVC e na necessidade de acesso oportuno a tratamento de qualidade.
A campanha anual é organizada pela World Stroke Organization (WSO), que considera:
– O AVC é uma epidemia global que ameaça a vida, a saúde e a qualidade de vida;
– Muito pode ser feito para prevenir e tratar o AVC, e reabilitar aqueles que sobrevivem;
– Consciência pública e profissional como o primeiro passo para a ação.
Somente no mês de julho de 2022 o AVC matou 8.758 brasileiros, o equivalente a 11 óbitos por hora, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil. No primeiro semestre deste ano, foram 56.320 vítimas fatais, número acima das mortes por infarto (52.665) e por Covid-19 (48.865).
Esses dados impactantes reforçam a necessidade de uma forte campanha nacional de prevenção e esclarecimento, aproveitando a celebração do Dia Mundial do AVC para somar esforços com empresas, poderes executivo e legislativo nacional, organizações não governamentais e sociedade civil.
O Acidente Vascular Cerebral – AVC, também chamado de Acidente Vascular Encefálico (AVE), ou popularmente denominado de derrame é uma alteração súbita do fluxo sanguíneo cerebral, em que ocorre comprometimento da oxigenação em alguma região do encéfalo (composto pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico), provocando lesões.
As limitações causadas por um AVC dependem da parte cerebral afetada e do tamanho da lesão. Dependendo da área afetada, os efeitos podem ser diferentes:
– Alterações e/ou perda dos movimentos e da sensibilidade;
– Alterações na fala;
– Alterações na compreensão;
– Alterações na maneira como a pessoa pensa ou sente o mundo ao seu redor.
Sinais de Alerta:
Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que ocorre quando há o entupimento de vasos sanguíneos em alguma área do cérebro; e o hemorrágico, quando um vaso intracraniano rompe.
Entre os sinais de alerta mais comuns, estão: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, alteração da fala ou da compreensão; alteração na visão, no equilíbrio, na coordenação, no andar; tontura e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
O principal fator de risco para a ocorrência do AVC é a hipertensão arterial. Em seguida, vem, arritmia cardíaca, diabetes, tabagismo, colesterol alto e obesidade. Outros fatores estão relacionados à idade, raça e herança genética.
Saiba reconhecer os sinais rapidamente:
– peça para a pessoa sorrir e observe se a boca está torta;
– peça para a pessoa elevar os braços e verifique se um deles está fraco;
– peça para a pessoa dizer uma frase ou cantar uma música e observe se há dificuldade de falar;
– ao observar esses sinais, chame a emergência.
O tratamento do AVC é feito nas unidades de saúde de urgência, conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico.
A melhor forma de tratamento, atendimento e reabilitação deve ser prescrito por médico e especialista, conforme cada caso.
Prevenção:
Muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC e de outras doenças crônicas, como câncer e diabetes. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, como a adequação dos hábitos de vida diária, são primordiais para sua prevenção:
– Não fumar;
– Não consumir álcool;
– Não fazer uso de drogas ilícitas;
– Manter alimentação saudável;
– Manter o peso ideal;
– Beber bastante água;
– Praticar atividades físicas regularmente;
– Manter a pressão e a glicose sob controle.
Fontes:
Ação AVC – Alagoas
American Stroke Association
Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro
World Stroke Organization