Todos os anos, principalmente nos meses de verão, as chuvas se intensificam, podendo causar inundações e enchentes. Com isso, populações podem ficar suscetíveis ao contato com a urina de animais infectados ou água e lama contaminadas pela bactéria causadora da leptospirose, doença considerada zoonose de importância mundial. Um amplo espectro de animais serve como reservatório para a persistência de focos de infecção, sendo os principais, roedores, especialmente o rato-de-esgoto. Além dele, suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães também podem transmitir a doença.
A leptospirose apresenta como principais sintomas, febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata da perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente também pode apresentar hemorragia, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte.
O diagnóstico é feito através da análise dos sintomas, mas a confirmação vem através de um exame de sangue. Já o tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, conforme os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os graves precisam de internação hospitalar. A automedicação não é indicada, pois, pode agravar a doença.
Fonte:
Juliana Xavier: Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz)