“Mantenha-se em dia, cada vacina conta”! 23 a 30/4 – Semana de Vacinação nas Américas e Semana Mundial de Imunização


 

A Semana de Vacinação nas Américas (SVA) começou em 2003 como parte da resposta a um surto endêmico de sarampo nas Américas, ocorrido na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela em 2002. Para prevenir futuros surtos deste tipo, os ministros da saúde dos países andinos propuseram uma iniciativa internacional coordenada.

Nos últimos 20 anos, a SVA tem dado aos governos uma oportunidade anual de alcançar milhões de pessoas, num esforço conjunto, com vacinas que salvam vidas. Os esforços da região inspiraram o mundo e muitas outras regiões seguiram o exemplo, levando à criação da Semana Mundial de Imunização, em 2012.

Durante a SVA, todos os anos, mais de 40 países e territórios das Américas reúnem-se no mês de abril para vacinar as suas populações, fazendo um esforço especial para chegar às pessoas que podem não ter acesso regular aos serviços de saúde, incluindo povos indígenas, migrantes, populações de fronteira e pessoas que vivem nas periferias. Vários eventos e horários de atendimento estendidos permitem que mais pessoas recebam as vacinas.

Desde 2003, a SVA ajudou os países a atingir quase 1,1 bilhão de pessoas em mais de 40 países e apoiou o controle de muitas doenças imunopreveníveis e a eliminação de 6 delas: poliomielite, sarampo, síndrome da rubéola congênita, tétano neonatal, hepatite B e varíola.

Programas Nacionais de Imunização:

  • em 2021, mais de 2,7 milhões de crianças com menos de 1 ano de idade nas Américas não receberam todas as doses de vacinas. Isso significa que quase 1 em cada 5 crianças não está totalmente protegida contra a difteria, o tétano e a coqueluche.
  • a região das Américas tem tradicionalmente altos níveis de cobertura vacinal. Em 2010, foi a segunda região com maior cobertura notificada, depois da Europa.
  • no entanto, isso diminuiu consideravelmente na última década. Atualmente, a região é a segunda do mundo com a pior cobertura vacinal, seguida pela África.
  • dois países – Brasil e México – são responsáveis por mais de 50% das crianças que nunca receberam uma vacina. As campanhas estão em curso, com o apoio da OPAS, para elevar as taxas de vacinação.
  • o risco de surtos por doenças evitáveis por vacinação está atualmente no seu ponto mais alto nos últimos 30 anos.

Impacto das vacinas:

  • os programas nacionais de imunização na América Latina e Caribe previnem, por ano, aproximadamente 174mil mortes de crianças menores de cinco anos.
  • globalmente, estima-se que as vacinas contra a COVID-19 preveniram 14,4 milhões de mortes em 185 países e territórios entre 8 de dezembro de 2020 e 8 de dezembro de 2021. Nas Américas, o número total estimado de mortes evitadas pela vacinação contra a COVID-19 é de 4,4 milhões.
  • Apesar dos custos adicionais, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru tiveram uma economia líquida total estimada para o sistema de saúde de 16,29 bilhões de dólares, graças às campanhas de vacinação contra a COVID-19.

Desafios chave:

  • o compromisso político demonstrado durante o lançamento das vacinas contra a COVID-19 não se traduz facilmente em ações para programas de imunização de rotina. O forte compromisso dos Estados Membros em assegurar a integração da vacinação contra a COVID-19 nos programas nacionais de imunização deve ser uma prioridade.
  • menos recursos financeiros estão disponíveis nos níveis nacional e subnacional para campanhas de imunização após a pandemia.
  • estão disponíveis recursos limitados para fornecer serviços essenciais, ampliação e intervenções de prevenção a todos que precisam. Em muitos países, os locais de vacinação funcionam com horários limitados e com pouco pessoal.
  • os profissionais de saúde são poucos e sobrecarregados, especialmente após a pandemia.
  • a hesitação e a recusa em relação às vacinas contra a COVID-19 estão enraizadas e podem ter começado a afetar a confiança em outros antígenos.
  • embora a cobertura regional seja boa (mais de 70%), há ainda muitos países com baixas taxas de vacinação contra a COVID-19, especialmente no Caribe.

Objetivos da Semana de Vacinação nas Américas em 2023:

Com o slogan “Mantenha-se em dia, cada vacina conta”, na campanha deste ano 45 países e territórios pretendem alcançar mais de 92 milhões de pessoas com mais de 144 milhões de doses de diferentes vacinas.

Vinte e quatro países planejam atingir mais de 55 milhões de pessoas com vacinas contra a COVID-19, tanto em doses primárias quanto em doses de reforço.

A vacinação contra a Influenza sempre foi um dos pilares da SVA. Este ano, os países e territórios participantes devem atingir mais de 84 milhões de pessoas, como gestantes, idosos e profissionais da saúde, com essas vacinas.

Os esforços para manter a nossa região livre da poliomielite incluem a vacinação de quase um milhão de crianças.

Os países irão administrar mais de 800 mil doses de vacinas contra o sarampo e a rubéola. Estes esforços apoiarão o objetivo regional de obter mais uma vez o status de eliminação.

Outros objetivos incluem a vacinação de mais de 3 milhões de pessoas, incluindo gestantes e crianças, contra a difteria, tétano e coqueluche.

Concomitantemente à SVA, a Organização Mundial da Saúde (OMS), promove a campanha global “Semana Mundial de Imunização”, de 24 a 30 de abril. Além das metas estabelecidas pela SVA, a campanha pretende que na África, 33 milhões de crianças de até um ano sejam vacinadas.

Neste 25 de abril, às 12 h, haverá uma conversa com especialistas (em inglês e espanhol), com transmissão pela Opas TV. Mais informações disponíveis aqui!

 

Fontes:

Organização das Nações Unidas (ONU)
Organização Pan-americana de Saúde (OPAS)