Angina, também chamada angina de peito ou angina pectoris, é o nome de um de tipo de dor no peito que ocorre quando o músculo do coração (miocárdio) recebe uma quantidade de sangue menor do que seria necessário para o seu funcionamento normal.
Como ocorre com qualquer músculo do organismo humano, o músculo cardíaco também precisa de oxigênio para conseguir bombear o sangue para todo o corpo. Ao fazer algum esforço, a necessidade de oxigênio do coração vai aumentando conforme aumenta a intensidade do esforço que está sendo feito. Ao contrário, quando estamos em repouso, o coração pode bater mais lentamente e a sua demanda por oxigênio é menor.
A angina aparece sempre que o fornecimento de sangue ao coração não corresponde à demanda, fazendo com que o problema apareça mais em situações de esforço, como durante atividade física e geralmente reduz ou até mesmo desaparece quando o paciente fica em repouso.
Causas:
A maior causa de angina é a denominada aterosclerose, ou seja, placas de gordura que se acumulam dentro dos vasos, fazendo com que fiquem mais estreitos, dificultando a passagem do sangue que precisa chegar ao músculo do coração.
As placas de gordura normalmente estão relacionadas a outras doenças ou fatores de risco, como idade avançada, pressão alta, diabetes, excesso de gordura no sangue, hábito de fumar, familiares que também apresentam o problema e falta de exercícios físicos. Outros fatores que também exigem que o coração receba mais sangue para trabalhar podem provocar a angina. Dentre eles:
– Problemas na tireoide (hipertiroidismo);
– Arritmias cardíacas;
– Febre;
– Dor;
– Estresse emocional;
– Medicamentos;
– Crise de pressão alta;
– Anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas no sangue, responsáveis por transportar o oxigênio).
Tipos de angina:
– Angina estável: dor no peito que surge quando o paciente faz alguma atividade física ou sofre algum estresse emocional. A dor tende a desaparecer após alguns minutos em repouso ou ao tomar medicamentos que dilatam as artérias coronarianas;
– Angina instável: quadro mais grave, caracterizado por dor no peito que surge em repouso, dura mais de vinte minutos, aparece de forma imprevisível, piora rápida de angina já diagnosticada.
Sintomas:
Dor na região central ou esquerda do peito, que pode irradiar para as costas, para a mandíbula ou para o braço esquerdo. A dor é geralmente descrita pelos pacientes como um aperto ou uma sensação de pressão.
Tratamento:
O tratamento de pessoas com angina baseia-se principalmente em mudanças de estilo de vida, medicamentos e procedimentos médicos.
– Perder peso, melhorar a dieta, praticar atividade física (com orientação do cardiologista), controlar a pressão arterial e o diabetes, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, evitar o estresse e parar de fumar.
– Os medicamentos são utilizados na prevenção e no controle das crises de dor e para reduzir o risco de trombose (coágulo que bloqueia a passagem de sangue) e de infarto.
– Em pacientes com angina instável ou naqueles que não melhoram com os medicamentos, pode ser necessário realizar o cateterismo cardíaco – procedimento que permite identificar se alguma artéria está gravemente obstruída, para poder restabelecer o fluxo sanguíneo.
Para pacientes com múltiplas lesões nas artérias, o tratamento mais indicado é a cirurgia conhecida popularmente como ponte de safena.
Recomendação:
Todas as pessoas com crises de angina devem manter contato regular com o médico. A angina pode representar risco de vida e requer atendimento profissional urgente.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
Dica elaborada em junho de 2023
Fontes:
Dr. Dráuzio Varella
Hospital Israelita Albert Einstein
Inspire Saúde – Portugal