O Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla (EM) é uma data comemorativa instituída pela Lei nº 11.303/2006 com o objetivo de dar mais visibilidade à doença, informar a população e alertar para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
A EM é a doença neurológica que mais afeta adultos jovens no mundo, sendo diagnosticada, em média, aos 30 anos de idade. Acomete mais as mulheres, em uma proporção de duas para cada homem diagnosticado. Estima-se que no Brasil cerca de 35 mil pessoas convivam com ela.
Trata-se de uma doença inflamatória crônica, com provável origem autoimune, em que, por causas genéticas ou ambientais o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (camada de gordura que envolve as fibras nervosas na substância branca do cérebro e na medula espinhal), comprometendo a função do sistema nervoso (cérebro e medula) ao atingir diversas funções ligadas ao trânsito de informações dos neurônios para o resto do corpo. Quando esse caminho é prejudicado pelas lesões provocadas pela enfermidade, essas informações se espalham gerando diversos sintomas.
Os ataques, chamados surtos, são crises inflamatórias que danificam a bainha de mielina causando cicatrizes, também chamadas de placas ou lesões. Há ainda, desde o início da doença, degeneração das próprias fibras nervosas ou axônios. Os surtos ocorrem aleatoriamente, variando em número e frequência, de pessoa para pessoa.
Sintomas:
– Fadiga;
– Distúrbios visuais;
– Rigidez;
– Fraqueza muscular;
– Desequilíbrio;
– Alterações sensoriais;
– Dor;
– Disfunção da bexiga e/ou do intestino;
– Disfunção sexual;
– Dificuldade para articular a fala;
– Dificuldade para engolir;
– Alterações emocionais;
– Alterações cognitivas.
Tratamento:
Embora ainda não exista cura, os tratamentos medicamentosos buscam reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos ao longo dos anos, contribuindo para a diminuição do acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente. Além do foco na doença, tratar os sintomas é muito importante para a qualidade de vida desses indivíduos. Os medicamentos utilizados, bem como todo o tratamento, devem ser indicados e acompanhados pelo médico neurologista de forma individualizada.
É importante frisar que a Esclerose Múltipla não é uma doença mental, não é contagiosa, nem prevenível.
Fontes:
Agência Senado
Associação Brasileira de Esclerose Múltipla – ABEM
Câmara dos Deputados
Dr. Dráuzio Varella
Telessaúde Sergipe