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BRASILEIRO, Aline Alves et al. Impacto do incentivo ao aleitamento materno entre mulheres trabalhadoras formais. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 9, p. 1705-1713, set. 2010. Disponível em Scielo
Investigar se programas de incentivo ao aleitamento materno ajudam a prevenir o desmame precoce entre filhos de mães trabalhadoras. Foi realizado um estudo de intervenção não randomizado, por meio de inquérito entre mães que voltaram a trabalhar após o parto, participantes e não-participantes de um programa de incentivo ao aleitamento. A amostra consistiu de 200 mães de filhos com idades entre 6 e 10 meses. Para avaliar fatores associados ao desmame precoce, os resultados foram analisados por meio dos testes estatísticos de qui-quadrado, exato de Fisher e análise de regressão logística múltipla (α = 0,05). Os resultados mostraram que houve diferença estatística nas taxas de aleitamento materno exclusivo (p < 0,0001) e de aleitamento materno (p < 0,0001) entre os grupos. Apresentou diferença estatística (p = 0,0056) em relação à época de retorno ao trabalho entre os grupos. Não houve diferença entre o fim da licença-maternidade e a época de desmame. As mães que não conseguem amamentar seus filhos durante a jornada de trabalho têm 4,98 (IC95%: 1,27-19,61) vezes mais chances de desmamá-los antes do quarto mês.
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VENANCIO, Sonia I.; ESCUDER, Maria M. L.; SALDIVA, Sílvia R. D. M.; GIUGLIANI, Elsa R. J.. A prática do aleitamento materno nas capitais brasileiras e Distrito Federal: situação atual e avanços. Jornal de Pediatria (Rio de Janeiro), Porto Alegre, v. 86, n. 4, p. 317-324, ago. 2010. Disponível em Scielo
OBJETIVOS: Apresentar os indicadores de aleitamento materno (AM), obtidos na II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal, bem como analisar sua evolução no período de 1999 a 2008. MÉTODOS: Pesquisa de corte transversal, envolvendo crianças menores de 1 ano de idade que participaram da segunda fase da campanha de multivacinação de 2008. Foram utilizadas amostras por conglomerados, com sorteio em dois estágios. O questionário era composto por questões fechadas, incluindo o consumo de leite materno, outros tipos de leite e outros alimentos no dia anterior à pesquisa. Foram analisadas as prevalências de AM na primeira hora de vida; aleitamento materno exclusivo (AME) em menores de 6 meses; AM em crianças de 9 a 12 meses; e medianas do AME e AM. A variação temporal do AM foi estabelecida por meio da comparação das
medianas do AME e AM em 1999 e 2008. RESULTADOS: Obtiveram-se dados de 34.366 crianças. Verificou-se que 67,7% (IC95% 66,7-68,8) mamaram na primeira hora de vida; a prevalência do AME em crianças de 0 a 6 meses foi de 41% (IC95% 39,7-42,4), e do AM em crianças de 9 a 12 meses foi de 58,7% (IC95% 56,8-60,7). Houve aumento de 30,7 dias na duração mediana do AME e de 45,7 dias na mediana do AM. CONCLUSÃO: Houve melhora significativa da situação do AM na última década. Porém, ainda são necessários esforços para que o Brasil atinja índices de AM compatíveis com as recomendações da Organização Mundial da Saúde.