17/11 – Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata


 

O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, além de fazer um alerta sobre esse tipo de câncer, deu origem ao movimento Novembro Azul em prol da conscientização sobre a saúde masculina.

O câncer de próstata é o segundo mais frequente entre os homens e a segunda maior causa de óbito por câncer nesse público.

No Brasil, é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento e sua incidência é maior também nos estados onde o acesso da população aos médicos e às tecnologias diagnósticas são mais fáceis. Para o triênio 2023-2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 71,7 mil novos casos.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Para mudar este cenário, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais. Nesse contexto, é preciso que os homens tenham acompanhamento médico de rotina ao longo da vida.

Como outros tipos de câncer, quanto mais cedo for descoberto, melhor a resposta ao tratamento e, consequentemente, maiores serão as taxas de cura.

Sintomas:

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata, com dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, diminuição do jato de urina, presença de sangue na urina. Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Diagnóstico:

A investigação do câncer de próstata se dá pelo exame de toque retal e pelo exame de sangue Antígeno Prostático Específico, o PSA. Para confirmar a doença, também é preciso realizar biópsia, indicada caso seja encontrada alguma alteração nos exames anteriores.

Tratamento:

Para a doença que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos, cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

Fatores de risco:

Entre os principais fatores de risco estão a idade (incidência e mortalidade aumentam significativamente após os 60 anos), o histórico familiar (pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos) e a alimentação (sobrepeso e obesidade).

Prevenção:

Adotar práticas saudáveis diminui o risco de várias doenças, inclusive o câncer:

– Ter uma alimentação saudável;
– Manter o peso corporal adequado;
– Praticar atividade física;
– Não fumar;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece informação e atendimento com equipes multiprofissionais aptas a realizarem diagnóstico e acompanhamento desta população em todos os ciclos da vida. Além de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos e radiológicos, procedimentos cirúrgicos e tratamento em hospitais habilitados em oncologia. O Ministério da Saúde acrescenta que as informações não substituem uma consulta médica. É fundamental que a população procure a ajuda profissional no serviço de saúde.

Saiba mais sobre o assunto com a cartilha do INCA: Câncer de próstata: vamos falar sobre isso?

 

Fontes:

Agência Brasil
Fundação do Câncer
Instituto Lado a Lado pela Vida
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Ministério da Saúde
Prefeitura de Itanhaém – SP
Sociedade Brasileira de Urologia