As comemorações da data objetivam aumentar a conscientização sobre a hepatite viral, uma inflamação do fígado que causa doença hepática grave e câncer hepatocelular.
O tema deste ano: “As hepatites não podem esperar”, demonstra a urgência dos esforços necessários para eliminar a hepatite como uma ameaça à saúde pública. Com uma pessoa morrendo a cada 30 segundos de uma doença relacionada à hepatite – mesmo na atual crise do COVID-19 – não podemos esperar para agir!
Neste 28 de julho, a Organização Pan-Americana da Saúde traz mensagens:
Para o público:
– As pessoas que vivem com hepatite, sem saber, não podem esperar para fazer o teste.
– As pessoas que vivem com hepatite não podem esperar por tratamentos que salvam vidas.
– As grávidas não podem esperar pelo rastreamento e tratamento da hepatite.
– Os recém-nascidos não podem esperar pela dose da vacina ao nascimento.
– As pessoas afetadas pela hepatite não podem esperar para acabar com o estigma e a discriminação.
– As organizações comunitárias que lidam com a hepatite não podem esperar por mais investimentos.
– Os tomadores de decisão não podem mais esperar para fazer da eliminação da hepatite uma realidade, por meio de vontade política e financiamento.
– A eliminação da transmissão materno-infantil de HIV, hepatite B, sífilis e doença de Chagas não pode esperar.
Para os principais líderes mundiais:
– Compromisso de apoiar uma maior integração da eliminação da hepatite, inclusive a programas já existentes. Isso inclui maior compromisso com a quádrupla eliminação da transmissão materno-infantil de HIV, hepatite B, sífilis e doença de Chagas.
– Compromisso de mais financiamento para eliminar a hepatite como uma ameaça à saúde pública. O financiamento impulsionará a eliminação da hepatite dentro dos fluxos de prestação universal de cuidados de saúde.
Para os líderes nacionais, principalmente em países altamente afetados:
– Compromisso de eliminar a hepatite por meio da definição de metas nacionais claras e aumento do financiamento para eliminar as hepatites virais como uma ameaça à saúde pública.
– Compromisso de agir para eliminar as hepatites virais antes de 2030.
– Compromisso de maior empenho para expandir os serviços essenciais contra a hepatite e o acesso ao tratamento.
– Compromisso de garantir que as populações mais vulneráveis e afetadas façam parte da resposta nacional às hepatites virais.
– Compromisso de assegurar o envolvimento das comunidades e das pessoas que vivem com hepatite viral nas respostas nacionais.
Alguns dados
Hepatites virais no Brasil:
As ações de combate às hepatites virais compõem o rol de das prioridades do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúde para o biênio 2019-2020. Dentre essas ações, cumpre destacar aquelas que vislumbram a ampliação do diagnóstico e do tratamento das hepatites B e D, incluindo o objetivo da redução da transmissão vertical da hepatite B. Além disso, mencionam-se as ações inseridas em todas as etapas da linha de cuidado da hepatite C e que cooperam para a eliminação desse agravo como problema de saúde pública, até 2030.
De acordo com o Boletim Epidemiológico: Hepatites virais 2020, publicado pelo DCCI/MS, de 1999 a 2019, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 673.389 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 168.036 (25,0%) são referentes aos casos de hepatite A, 247.890 (36,8%) aos de hepatite B, 253.307 (37,6%) aos de hepatite C e 4.156 (0,6%) aos de hepatite D.
A distribuição proporcional dos casos variou entre as cinco regiões brasileiras. A região Nordeste concentra a maior proporção das infecções pelo vírus A (30,1%). Na região Sudeste verificam-se as maiores proporções dos vírus B e C, com 34,5% e 59,3%, respectivamente. Por sua vez, a região Norte acumula 74,4% do total de casos de hepatite D (ou Delta).
Região das Américas:
– Na Região das Américas, há 10 mil novas infecções por hepatite B a cada ano, e 23 mil mortes.
– Novas estimativas da OMS para a hepatite C mostram que, a cada ano, há 67 mil novas infecções nas Américas e 84 mil mortes.
– Apenas cerca de 18% das pessoas que vivem com hepatite B nas Américas foram diagnosticadas e dessas, apenas 3% estão recebendo o tratamento.
– Apenas cerca de 22% das pessoas cronicamente infectadas por hepatite C nas Américas foram diagnosticadas, e apenas 18% delas estão recebendo o tratamento.
Mundiais:
– A redução da incidência da infecção por hepatite B é uma das poucas metas de saúde dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que está no rumo certo.
– Novos dados mostram que 9,4milhões de pessoas estão recebendo tratamento contra infecção crônica por hepatite C, um aumento de quase 10 vezes desde 2015. Essa expansão do tratamento foi suficiente para reverter pela primeira vez a tendência de aumento da mortalidade por hepatite C. No Egito, o acesso universal ao tratamento levou a uma queda na mortalidade e na incidência.
– As hepatites B e C causam 1,1 milhão de mortes e 3 milhões de novas infecções por ano.
– Apenas 10% das pessoas com infecções crônicas pelo vírus da hepatite B são diagnosticadas e dessas, apenas 22% recebem o tratamento.
– No caso da infecção por hepatite C, apenas 21% das pessoas são diagnosticadas e 62% delas recebem o tratamento.
– As reduções de preço tornaram o tratamento contra hepatite C uma intervenção de alto impacto economicamente viável, mas a cobertura precisa ser quase seis vezes maior na próxima década para alcançar as metas de eliminação até 2030.
Para marcar o Dia Mundial da Hepatite, a OMS está hospedando um talk show global que fornece uma plataforma para líderes globais, regionais e nacionais, formuladores de políticas, comunidades e outras partes interessadas para discutir oportunidades para acelerar o alcance da meta de eliminação das hepatites virais até 2030. Contribuições e histórias de países de diferentes regiões da OMS serão apresentadas no evento:
High level Global Talk Show: Hepatitis can’t wait
Wednesday, 28th July 2021, 14:00-15:30 CET
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A Rede BVS organizou vários conteúdos que estão disponíveis na Vitrine do Conhecimento sobre o tema.
Saiba mais sobre formas de prevenção, transmissão, diagnóstico e tratamento das hepatites virais, clicando nos links abaixo:
Hepatite A | Hepatite B | Hepatite C | Hepatite D | Hepatite E
Fontes:
Ministério da Saúde
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
World Health Organization
World Hepatitis Day
