ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE


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BARBIERI, Ana Rita; HORTALE, Virginia Alonso. Desempenho gerencial em serviços públicos de saúde: estudo de caso em Mato Grosso do Sul, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 5, p. 1349-1356, set./out. 2005. Disponível em Scielo

Este artigo apresenta parte de uma tese de Doutorado que desenvolveu um modelo teórico capaz de conhecer, de forma aproximada, o desempenho gerencial nos diversos níveis administrativos de uma secretaria de saúde. A pesquisa deu-se em forma de estudo de caso da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. O modelo teórico foi elaborado partindo dos recentes debates que enfatizam a necessidade de modernizar a administração pública, com ênfase na eficácia e eficiência das organizações como um todo. Foram realizadas 31 entrevistas com o objetivo de conhecer o desempenho dos gerentes por meio de perguntas pautadas em suas práticas cotidianas quanto ao planejamento, organização, direção e controle. Os resultados apontaram que os gerentes dos níveis hierárquicos mais próximos da gestora obtiveram melhores resultados, enquanto que os gerentes das unidades básicas desenvolvem atividades e fazem cumprir decisões geralmente impostas, com baixa capacidade para planejar, organizar e controlar atividades pertinentes ao seu âmbito de gerência. Tais resultados, em parte são decorrentes das características de liderança carismática e administração centralizadora da atual gestora do sistema municipal de saúde.

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COELHO, Thereza Christina Bahia; PAIM, Jairnilson Silva
. Processo decisório e práticas de gestão: dirigindo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 5, p. 1373-1382, set./out. 2005. Disponível em Scielo

Um estudo de caso da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, Brasil, identificou e analisou as práticas de gestão durante a implantação de uma reforma administrativa. A formação da “agenda” institucional apresentou indícios de pouca participação da sociedade civil e do nível técnico-operacional na seleção e priorização de problemas, resultante de um processo decisório pressionado por instâncias do alto staff do Executivo. As decisões relativas aos produtos finais (output – projetos, serviços e ações) correm por conta dos níveis subordinados, sendo pouco problematizadas na rotina institucional. A preocupação com os insumos (input – recursos humanos e financeiros) ocupam grande parte do tempo dos dirigentes em negociações internas e compromissos externos para assegurá-los. Já os resultados (outcome) em relação à situação de saúde representam o “sujeito oculto” do discurso institucional. A informação surge nas disputas institucionais como “recurso de poder” técnico nas suas dimensões médica, epidemiológica, sanitária ou administrativa. A questão da “representação” de governo e dos interesses aliados se apóia em disposições ideológicas e práticas autoritárias, contradizendo a necessidade de transparência e modernização gerencial.

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COSTA-FONT, Joan
. Participación colectiva y revelación de preferencias sobre programas sanitarios: un enfoque de sistema sanitario. Gaceta Sanitaria, Barcelona, v. 19, n. 3, p.242-252, maio/jun. 2005. Disponível em Scielo

La necesidad de mejorar la participación colectiva en la toma de decisiones en sanidad es una de las principales líneas de reforma de los sistemas sanitarios financiados colectivamente. En este artículo se analizan los argumentos, las formas y los mecanismos de participación colectiva aplicables a la toma de decisiones en sanidad. Por otra parte, se examinan los métodos de obtención de preferencias sobre programas financiados por el sistema sanitario. Se revisan los principales métodos de obtención de preferencias para establecer prioridades en los sistemas públicamente financiados. Por último, se sugieren algunas líneas de actuación en España.