“Agir para a Saúde Óssea”: 20/10 – Dia Mundial e Nacional da Osteoporose


 

A data anual é dedicada à conscientização sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. O objetivo é colocar a prevenção da osteoporose e das fraturas associadas, na agenda global da saúde, alcançando profissionais do setor, meios de comunicação, gestores de políticas públicas e o público em geral.

O Dia Mundial da Osteoporose de 2021 enfoca a necessidade de ação para prevenir a doença. A campanha da International Osteoporosis Foundation procura envolver público e pacientes, ao incentivar ações específicas que levem a uma melhor saúde óssea em todas as fases da vida, reduzindo o risco da doença e de fraturas na vida adulta, convidando-os a serem proativos em nome de sua saúde óssea.

Mensagens para o público e para os pacientes:

– Verifique o seu risco de osteoporose e de fraturas respondendo a esse questionário, disponível em 36 idiomas. Depois, ao visitar o seu médico, peça a avaliação dele;

– Identifique os sinais de alerta de fraturas da coluna, que muitas vezes não são diagnosticadas;

– Os sinais podem incluir diminuição da estatura, costas curvadas e dores nas costas;

– A osteoporose tem uma baixa taxa de diagnóstico e de tratamento oportunos. Em muitos países, há pouco acesso aos exames de diagnóstico e/ou ao tratamento;

– Com o envelhecimento da população, cerca de 80% dos indivíduos que sofreram uma fratura por fragilidade óssea permanecem sem diagnóstico e sem tratamento, desprotegidos contra fraturas secundárias potencialmente devastadoras e com risco de vida;

– A osteoporose também afeta os homens! Não é uma doença feminina e eles também devem estar cientes de seus fatores de risco;

– Mantenha um estilo de vida saudável para os ossos com uma dieta nutritiva e a prática regular de exercícios;

– Uma dieta saudável para os ossos inclui a ingestão adequada de cálcio, proteínas, vitamina D, vitamina K e outros micronutrientes;

– Fortalecimento muscular frequente e exercícios com levantamento de peso são essenciais para ossos e músculos fortes;

– Osteoporose e fraturas são comuns: 1 em cada 3 mulheres e 1 em 5 homens com 50 anos ou mais sofrerá uma fratura por fragilidade óssea. A fratura de quadril nas mulheres é mais comum que o câncer de mama, e nos homens é mais comum que o câncer de próstata;

– Um osso quebrado leva a outro. Qualquer pessoa que quebrou um osso após uma pequena queda deve falar com seu médico. Os cuidados pós-fratura são urgentemente necessários para prevenir novas fraturas!

– A prevenção de quedas é importante: 90% dos ossos quebrados são resultado de uma queda. Se você tem tendência a quedas ou já caiu e quebrou um osso, peça ao seu médico uma avaliação de risco de quedas;

– Converse com seu médico sobre a saúde óssea. Qualquer pessoa com fatores de risco, todas as mulheres na pós-menopausa e homens mais velhos devem conversar sobre saúde óssea no seu próximo check-up;

– Solicite tratamento. Indivíduos com alto risco, incluindo aqueles que já sofreram uma primeira fratura devem solicitar opções de tratamento. Isso pode reduzir o risco de fraturas por fragilidade óssea, significativamente.

A osteoporose deixa os ossos frágeis e quebradiços, permitindo que se fraturem facilmente com uma queda, uma pancada, até mesmo com um espirro ou um movimento brusco. Essas fraturas podem colocar a pessoa em risco de vida e serem a causa principal de dores e deficiências, com impedimentos de longo prazo.

Embora a perda óssea possa ser acelerada por algumas condições fora do seu controle (como por exemplo a história familiar), essa doença silenciosa e as fraturas provocadas por ela podem ser prevenidas se algumas atitudes forem tomadas a tempo.

Uma primeira medida, independe da idade ou do estado dos ossos: é ter um estilo de vida saudável para os ossos. Isso significa fazer regularmente exercícios com pesos e de fortalecimento dos músculos, ter uma dieta nutritiva rica em cálcio, proteínas, vitamina D e outros nutrientes importantes, evitando hábitos nocivos para a saúde, como fumar ou consumir bebidas alcoólicas em excesso.

Entretanto, para as pessoas que correm risco de fraturas, apenas um estilo de vida saudável para os ossos pode ser insuficiente para preveni-las. Se estiver nesse grupo de alto risco, é possível ter que tomar medicamentos para prevenir fraturas no futuro.

Fatores de risco não modificáveis:

Em geral, o risco de ter osteoporose é influenciado pela idade, pelo gênero e pela origem étnica. Normalmente, quanto mais idoso, maior é o risco.

As mulheres são mais suscetíveis à perda óssea do que os homens, entretanto, eles também podem sofrer de osteoporose. Cerca de 20-25 % de todas as fraturas de quadril ocorrem em homens mais velhos e eles têm maior probabilidade de ficar com uma deficiência e de morrer após uma fratura de quadril.

A osteoporose também é mais comum em pessoas de origem europeia ou asiática, provavelmente por causa das diferenças na estrutura óssea e no pico de massa óssea.

Alguns medicamentos podem ter efeitos colaterais que, diretamente, enfraquecem os ossos ou aumentam o risco de fraturas provocadas por quedas. É importante conversar sempre com o médico sobre os riscos à saúde óssea ao receber uma prescrição.

Algumas doenças, assim como os medicamentos utilizados para tratá-las, podem enfraquecer os ossos e aumentar o risco de fraturas.

As mais comuns são: artrite reumatoide, problemas nutricionais/gastrointestinais (Doença de Crohn etc.), doença renal crônica, HIV, doenças hematológicas/tumores malignos (inclusive câncer de próstata e de mama), algumas doenças hereditárias, distúrbios hipogonadais (Síndrome de Turner/Síndrome de Klinefelter, amenorreia, etc.), doenças endócrinas (diabetes, síndrome de Cushing, hiperparatiroidismo, etc.), imobilidade.

Mulheres no período pós menopausa e aquelas que retiraram os ovários ou que tiveram menopausa precoce, antes dos 45 anos, devem prestar maior atenção à sua saúde óssea.

 

Cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose no Brasil e apenas 20% sabem ter a doença que provoca 200 mil mortes por ano no país.

É uma doença silenciosa, pois raramente apresenta sintomas antes de sua consequência mais grave: as fraturas.


Fontes:

Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO)
International Osteoporosis Foundation
Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro
World Osteoporosis Day