A World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) coordena a campanha global da Semana Mundial de Aleitamento Materno (WBW) que visa informar e fortalecer ações sobre amamentação e questões relacionadas.
A Semana é comemorada de 1 a 7 de agosto em alusão à Declaração de Innocenti, documento produzido e adotado por representantes de organizações governamentais, ONGs, defensores da amamentação de países de todo o mundo, no encontro “Breastfeeding in the 1990s: A Global Initiative” organizado pela OMS/UNICEF, em Florença, na Itália, de 30/7 a 01/8/1990.
A celebração começou em 1992, com temas anuais, incluindo sistemas de saúde, mulheres e trabalho, o Código Internacional de Marketing de Substitutos do Leite Materno, apoio comunitário, ecologia, economia, ciência, educação e direitos humanos. Desde 2016, a data está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em 2018, uma resolução da Assembleia Mundial da Saúde endossou a campanha como uma importante estratégia de promoção do aleitamento materno.
A pandemia de COVID-19 afetou negativamente as mulheres grávidas, aumentando o risco de desemprego e perda de meios de subsistência e interrompendo o acesso a serviços e apoio pré-natal, pós-natal e de amamentação no sistema de saúde. Precisamos levar em consideração as lições aprendidas durante a pandemia e atualizar as políticas de proteção social aos pais, que atendam à situação atual.
Em 2023, o foco da campanha é a amamentação e o emprego/trabalho, mostrando o impacto da licença remunerada, do apoio no local de trabalho e das normas parentais emergentes sobre a amamentação através das lentes dos próprios pais. Público-alvo, incluindo governos, formuladores de políticas, locais de trabalho, comunidades e pais, serão envolvidos para desempenhar seus papéis no fortalecimento das famílias e na manutenção de ambientes favoráveis à amamentação na vida profissional pós-pandemia. O tema está alinhado com a área temática 4 dos ODS.
São objetivos Semana Mundial de Amamentação:
– Informar a respeito das perspectivas dos pais que trabalham sobre amamentação e parentalidade;
– Manter a licença remunerada ideal e o suporte no local de trabalho como ferramentas importantes para permitir a amamentação;
– Envolver-se com indivíduos e organizações para melhorar a colaboração e o apoio à amamentação no trabalho;
– Incentivar ações para melhorar as condições de trabalho e apoio relevante à amamentação.
Informações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostram que:
– Mais de meio bilhão de mulheres trabalhadoras não recebem proteções essenciais à maternidade nas leis nacionais;
– Apenas 20% dos países exigem que os empregadores forneçam aos funcionários pausas remuneradas e instalações para amamentação ou extração de leite;
– Menos da metade das crianças com menos de 6 meses de idade são amamentadas exclusivamente.
Mensagens-chave da campanha:
– Fazer a amamentação no trabalho funcionar faz as sociedades funcionarem! A amamentação oferece benefícios vitais de saúde e nutrição para crianças com impactos positivos ao longo da vida, construindo populações mais saudáveis – e força de trabalho – para o futuro.
– As mulheres não deveriam ter que escolher entre amamentar seus filhos e seus empregos. O apoio à amamentação é possível independentemente do local de trabalho, setor ou tipo de contrato.
– Proteção eficaz para a maternidade melhora a saúde das crianças e das mulheres e aumenta a amamentação. No entanto, atualmente, mais de meio bilhão de mulheres trabalhadoras não têm acesso a provisões vitais de maternidade e muitas mais não têm apoio quando voltam ao trabalho.
– Todas as mulheres, em todos os lugares – não importa o seu trabalho – deveriam ter pelo menos 18 semanas, de preferência mais de 6 meses, de licença maternidade remunerada.
– Folga remunerada para amamentação ou ordenha no retorno ao trabalho.
– Opções flexíveis de retorno ao trabalho.
Fontes:
International Baby Food Action Network – IBFAN Brasil
Organização Pan-americana da Saúde (OPAS)
World Alliance for Breastfeeding Action (WABA)