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FREITAS, Angela Gabrielly Quirino; WELLER, Mathias. O atraso de paciente e atraso de sistema no tratamento do câncer de mama nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 10, p. 3177-3189, out. 2015. Disponível em: Scielo
O atraso no tratamento de câncer de mama foi associado com o aumento do palco da doença e a diminuição da sobrevida do paciente. O objetivo desta revisão integrativa foi a analise dos principais fatores causais e dos tipos de atraso. Sendo estes comparados entre estudos de países em desenvolvimento e desenvolvidos. Dos 53 estudos selecionados, 24 eram de países em desenvolvimento e 29 de países desenvolvidos, respectivamente. A não atribuição dos sintomas ao câncer, o medo e a menor escolaridade foram as causas mais citadas do atraso de paciente ao tratamento. Seguro menos abrangente, idade e testes diagnósticos falsos negativos foram às causas mais comuns identificadas do atraso do sistema. O efeito de vários fatores como o fator idade, dependeu principalmente do contexto social e cultural. Alguns fatores causaram tanto atraso relacionado ao paciente quanto ao sistema. Os estudos dos países em desenvolvimento identificaram mais fatores causais do atraso relacionado ao paciente, focando mais forte neste referido fator ou na combinação com o de sistema. Enquanto estudos de países desenvolvidos enfocaram com maior frequência aspectos do atraso de sistema durante o tratamento e a orientação de pacientes no sistema de saúde.
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RODRIGUES, Juliana Dantas; CRUZ, Mércia Santos; PAIXÃO, Adriano Nascimento. Uma análise da prevenção do câncer de mama no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 10, p. 3163-3176, out. 2015. Disponível em: Scielo
A presente pesquisa se propõe a estudar as inter-relações entre a prevenção do câncer de mama e os fatores socioeconômicos, demográficos, comportamentais, regionais e de saúde na determinação da frequência temporal à busca por prevenção via realização de mamografias e exames de mama no Brasil. A partir das informações do suplemento de saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, de 2008, foi construída uma amostra que contempla apenas mulheres com mais de 40 anos de idade. Para o atendimento do objetivo proposto, faz-se uso da estimação do modelo logit, ordenado de chances proporcionais parciais, que indicaram como principais resultados: i) melhores condições socioeconômicas, residir nas regiões mais desenvolvidas do país, uma composição familiar que inclua filhos, apresentar uma boa autoavaliação da própria saúde e já ter sido diagnosticada com algum tipo de câncer, desenham o perfil da mulher que mais se previne contra o câncer de mama, tanto em relação à procura por mamografia, como a uma maior demanda por exame de mama realizado por médico ou enfermeiro e; ii) os resultados apontam ainda para o fato de que grande parte das entrevistadas realizaram os exames em questão há pelo menos um ano, ou nunca passaram por tais procedimentos.
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GUERRA, Maximiliano Ribeiro et al. Sobrevida por câncer de mama e iniquidade em saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 8, p. 1673-1684, ago. 2015. Disponível em: Scielo
O câncer de mama é a neoplasia mais frequente em mulheres e alguns estudos mostram desigualdades sociais na sua incidência e sobrevida, o que é pouco estudado no Brasil. Para avaliar a iniquidade no seu prognóstico, foi feito estudo de coorte hospitalar. O seguimento foi realizado por busca ativa nos registros médicos e Sistema de Informação sobre Mortalidade, contato telefônico e consulta de situação cadastral no Cadastro de Pessoas Físicas. As funções de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier e o modelo de riscos proporcionais de Cox foi utilizado para avaliação prognóstica. Foi estimada uma sobrevida específica pela doença de 76,3% (IC95%: 71,9-81,0) em 5 anos. As mulheres atendidas no serviço público tiveram pior prognóstico (HR = 1,79; IC95%: 1,09-2,94), e tal efeito foi mediado, sobretudo, pelo estadiamento da doença mais avançado no momento do diagnóstico. Tais achados apontam para a existência de desigualdades de acesso a ações de rastreamento, com as mulheres de menor posição socioeconômica tendo diagnóstico mais tardio e consequentemente pior prognóstico.