CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS; BRASIL; INQUÉRITOS EPIDEMIOLÓGICOS; ESTUDOS TRANSVERSAIS
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SANTOS, R. de O. et al. Consumo abusivo de bebidas alcóolicas: resultados do Covitel, Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis, 2022 e 2023. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 28, p. e250009, 2025. Disponível em Scielo
Objetivo: Estimar a prevalência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas, hábito de beber e dirigir e relato de consumo de bebidas alcoólicas, comparando os primeiros trimestres de 2022 e 2023. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, com dados secundários obtidos do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis (2022 e 2023). A amostra do estudo integrou 9 mil pessoas em cada ano coletado a partir de métodos de discagem aleatória de dígitos e Discagem Direta à Distância (DDD) em linhas de telefonia móvel e fixa. Variáveis autorreferidas para consumo abusivo de álcool, hábito de beber e dirigir e consumo de bebidas alcoólicas foram analisados. Resultados: Não houve alteração significativa na prevalência do consumo abusivo de álcool ao se comparar os primeiros trimestres de 2022 e 2023. Contudo, diferenças foram observadas no comportamento de beber e dirigir, com redução da prevalência entre indivíduos de 18 a 24 anos de idade de 9,6% (IC95% 4,4–19,8) para 2,2% (IC95% 1,4–3,6) e aumento do comportamento entre aqueles com 12 ou mais anos de estudo — de 6,9% (IC95% 5,5–8,7) para 11,9% (IC95% 10,3–13,6). Os indivíduos do sexo masculino apresentaram maiores prevalências de consumo de bebidas alcoólicas, consumo abusivo de álcool e hábito de beber e dirigir em todas as desagregações analisadas. Conclusão: a proposição de políticas públicas que inibam o acesso e o consumo de bebidas alcoólicas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável devem ser tratados com prioridade no Brasil.
Publicado: Thursday, 01 de January de 1970