É fato que a pessoa idosa vai ficando mais suscetível a inúmeras doenças. O corpo não é mais o mesmo e passa por uma série de mudanças que podem acabar exigindo uma quantidade maior de nutrientes. Dessa forma, a reposição de vitaminas é fundamental para o fortalecimento do sistema imunológico, diminuindo o desgaste ósseo, por exemplo, e reduzindo o risco de fraturas. Em níveis ideais, as vitaminas podem contribuir com a saúde dos idosos em vários aspectos, prevenindo doenças.
O uso de alguns medicamentos contínuos pode afetar a imunidade e a absorção de algumas vitaminas importantes. Por isso, a alimentação balanceada ainda é o fator mais importante.
O geriatra Paulo Camiz, professor do Departamento de Clínica Geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, diz que nem todos os idosos necessitam de vitaminas.
Qualquer consumo destas deve ser feito através de orientação médica, com base em exame de sangue específico, e não pela ingestão aleatória.
O tempo passa e, com a chegada do envelhecimento, o organismo perde a capacidade de produzir e processar diversas substâncias na quantidade que o corpo precisa. Entre elas, vitaminas muito importantes como a D e o complexo B, no caso a B12, encontrada em fontes de origem animal, como carnes e ovos.
Sinais de carência
Existem alguns sinais visíveis que demonstram que a pessoa está com carência de vitaminas e minerais. “Para cada vitamina deficiente você encontra sinais clínicos como a fraqueza, anemia e atrofia de mucosas – como a língua lisa, por exemplo -, isso sem falar de diarreia. Os casos devem ser avaliados caso a caso “, analisa.
A boa notícia é que o tratamento é muito rápido. Seja pela alimentação ou pela suplementação indicada pelo médico, a melhora é visível em questão de dias.
Mais do que vitaminas e suplementação alimentar, Camiz faz um alerta para o cuidado com nossos idosos que, muitas vezes, vivem sozinhos, sem a atenção necessária, a chamada “insuficiência familiar”, ou seja, a falta de um suporte alimentar.
A pessoa que já passou dos 60 deve fazer um acompanhamento médico regularmente, de preferência com um geriatra, mas também pode ser um clínico geral. É importante ressaltar que o serviço público de saúde presta esse atendimento, inclusive com nutricionista, se for necessário.
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