ATENÇÃO À SAÚDE (SAÚDE PÚBLICA); SINDEMIA; PANDEMIAS; EPIDEMIOLOGIA
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BARBOSA, Tatiana Pestana et al. Morbimortalidade por COVID-19 associada a condições crônicas, serviços de saúde e iniquidades: evidências de sindemia. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, [online], v. 46, e6, 2022. Disponível em Scielo
Objetivo: Identificar os fatores correlacionados à incidência e mortalidade por COVID-19 e verificar situações de sindemia em escala global. Métodos: Realizou-se um estudo ecológico de casos e óbitos confirmados de COVID-19 a partir de informações coletadas do European Center for Disease Prevention and Control em 2019 e 2020. Para a caracterização dos países, utilizaram-se indicadores do Banco Mundial e Worldometer Coronavirus. Foram realizadas análises descritivas e de correlação entre as variáveis independentes para posteriormente realizar o modelo de regressão linear múltipla, com o objetivo de identificar os fatores correlacionados à incidência e mortalidade por COVID-19. Resultados: Obtiveram-se dados de 185 países. A média da incidência dos casos foi de 16 482/mil habitantes, enquanto a média para mortalidade por COVID-19 foi de 291/mil habitantes, sendo América do Norte e Leste Asiático e Pacífico as regiões que apresentaram maiores e menores índices, respectivamente. Identificou-se correlação positiva da taxa de incidência com proporção da população com idade de 15 a 64 anos, população urbana, desigualdade conforme Índice de Gini e com seis das sete regiões analisadas (exceto Leste Asiático e Pacífico). A taxa de mortalidade apresentou correlação negativa com a população de 0 a 14 anos e positiva com população urbana, desigualdade conforme índice de Gini e todas as regiões analisadas, exceto Leste Asiático e Pacífico. Conclusões: A morbimortalidade da COVID-19 esteve correlacionada à carga de condições crônicas, ao envelhecimento da população e à baixa capacidade dos serviços de saúde para testagem e oferta de leitos hospitalares, quadro agravado em países ou regiões com elevada desigualdade social, caracterizando uma situação de sindemia.
SARS-COV-2; SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE; HOSPITALIZAÇÃO; CRIANÇAS; ADOLESCENTES
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SOARES, M. C. B. et al. Hospitalizations and deaths of children and adolescents with Severe Acute Respiratory Infection due to COVID-19 during the epidemiological year of 2020. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 65, p. e11, 2023. Disponível em Scielo
This study aimed to analyze the profile of hospitalizations and factors associated with the deaths of children and adolescents with severe acute respiratory infection (SARI) caused by SARS-CoV-2 nationwide. The study comprised 6,843 children and adolescents hospitalized in 2020 who tested positive for COVID-19, based on data from the Influenza Epidemiological Surveillance Information System. Sociodemographic and clinical profiles, hospitalization frequency, lethality and recovery rates were analyzed. The outcome was recovery or death. The 6,843 children and adolescents comprised 1.9% of SARI hospitalized cases (n = 563,051). Of these, 57.7% developed critical SARI and 90% survived. Comorbidities were present in 40.8%, especially asthma, immunodepression, and neurological and cardiovascular diseases. The main symptoms were fever, cough, dyspnea, respiratory distress, and low oxygen saturation. Among those with critical SARI, 91.4% died. There was a higher frequency of children, especially those under five years of age and of mixed ethnicity. The highest hospitalization frequency occurred in the Southeastern and Northeastern regions, the highest recovery rates in the Southeastern and Southern regions, and the highest lethality rates in the Northern and Northeastern regions. Deaths were associated with ages ranging from 12 to 19 and being under one year of age, living in the Northern and Northeastern regions, progression to critical SARI, and having immunosuppression and cardiovascular disease. In contrast, asthma was associated with lower death rates. The frequency of complications and mortality rates caused by SARS-Cov-2 in the pediatric population are relevant, as well as the severity of the epidemic in the social inequality context and the health services’ frailty.