Curso de preceptoria terá bolsa para residente de Medicina de Família


Jogador Thiago Silva protagoniza campanha contra tuberculoseParticipantes receberão o valor mensal de R$ 2.500. Medida faz parte do Plano Nacional de Formação de Preceptores, vinculado ao Programa Mais Médicos

A residência em Medicina Geral de Família e Comunidade (MGFC) ganhará novo impulso. Os médicos que ingressarem nessa especialidade entre 2016 e 2018 poderão participar de curso de especialização em preceptoria, ministrado de forma concomitante à residência em MGFC. O objetivo da medida é garantir a formação de preceptores para atender à expansão das vagas de residência prevista pelo Programa Mais Médicos. Os médicos que realizarem o curso receberão bolsa mensal no valor de R$ 2.500, custeada pelo Ministério da Saúde – além da que já fazem jus como residentes – e ao final estarão capacitados para exercerem a preceptoria.

A ação faz parte do Plano Nacional de Formação de Preceptores para Programas de Residência na modalidade MGFC, instituído por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União. A expectativa do Governo Federal é formar mais 10 mil preceptores até 2018, chegando a 14,2 mil profissionais. Com essa ação, será garantido, no mínimo, um preceptor para cada três residentes, que é um dos requisitos exigidos para abrir novas vagas de especialização.

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, enfatiza a importância da ação para a formação de especialistas. “O Programa Mais Médicos vai abrir, até 2018, 12,4 mil vagas de residência médica, e Medicina Geral de Família e Comunidade é a maior. Para garantirmos essa expansão, precisamos formar médicos preceptores, pois não existe residência sem preceptoria. O curso vai dar um grande impulso nesse sentido”, explica.

O curso tem duração de dois anos, e será ministrado semipresencialmente por instituições de ensino de referência. Uma das atividades previstas para os alunos residentes é o acompanhamento dos estudantes de graduação que estejam realizando internato (atividades práticas do curso de medicina) nas unidades básicas de saúde onde estes estejam cursando a residência. O rendimento acadêmico dos participantes da especialização em preceptoria será acompanhando pelas instituições responsáveis pelo curso, que enviarão relatórios mensais ao Ministério da Saúde a respeito do exercício das atividades e do desempenho de cada aluno.

O Plano Nacional de Formação de Preceptores para MGFC também abrange os médicos que já são preceptores em residências na área, e vai ofertar atividades de aperfeiçoamento a esses profissionais.

RESIDÊNCIA – A universalização da residência médica faz parte das ações do Mais Médicos, que estabeleceu, até 2018, uma vaga de residência para cada médico formado. Desde 2013, já foram autorizadas 4.742 vagas dentre as 12,4 mil previstas para formação de especialistas. Com a criação de mais três mil bolsas de residência médica no país anunciadas no início de agosto, sendo duas mil financiadas pelo Ministério da Saúde e mil pelo Ministério da Educação, a quantidade de vagas chegará a 7.472 (62% da meta).

As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão prioridade nas novas bolsas para corrigir o déficit histórico de profissionais nessas regiões. Das novas vagas, 75% são para ampliar a formação de médicos especialistas em Medicina Geral de Família e Comunidade. A ampliação das oportunidades para formação de médicos de família também cumpre à legislação do Programa, que transformou a especialização nesta área em pré-requisito para a formação em outras especialidades.

Por Priscila Silva, da Agência Saúde

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