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SZARFARC, Sophia C.. Políticas públicas para o controle da anemia ferropriva. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Rio de Janeiro, v. 32, supl. 2, p. 2-8, jun. 2010. Disponível em Scielo
A anemia por deficiência de ferro configura um problema epidemiológico da maior relevância atuando nos gastos públicos de saúde, nas consequências sociais do aumento de riscos no período gestacional, na redução da produtividade e, ainda, nas consequências, em longo prazo, do desenvolvimento mental. Algumas datas marcam o envolvimento do governo brasileiro em busca de alternativas de controle da deficiência marcial: 1977 – 1ª Reunião do Ministério da Saúde (INAN), com especialistas nacionais e internacionais, para discutir perspectivas e intervenções para o controle da anemia; 1982/83 – distribuição de suplemento de ferro para a clientela do Programa de Atenção à Gestante e dosagem de hemoglobina na 1ª consulta; 1992 – assinatura de compromisso brasileiro de reduzir em 1/3 a prevalência de anemia em gestantes; 1994 – implantação do Programa de Leite Vivaleite, no estado de São Paulo, fornecendo leite fortificado com ferro a famílias com crianças até 6 anos e renda inferior a dois salários mínimos; 2002/junho 2004 – fortificação das farinhas de trigo e de milho com ferro; 2005 – programa de suplementação de ferro a lactentes; 2009/março – divulgação do resultado do levantamento de prevalência de anemia em mulheres (15-49 anos) e crianças (6 – 59 meses) no Brasil; 2009/agosto – foi reeditada a Portaria no 1793/GM/agosto/2009 do Ministério da Saúde, instituindo a Comissão Interinstitucional para implementação, acompanhamento e monitorização das ações de fortificação das farinhas de trigo e milho e seus subprodutos.