O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea é comemorado no terceiro sábado de setembro. É uma iniciativa da Associação Mundial de Doadores de Medula Óssea, sendo a maior organização dedicada ao atendimento de doadores e ao fornecimento de informações para facilitar o processo de busca, onde são mais de 41 milhões de doadores.
Este dia, em especial é para sensibilizar o público em geral e os decisores sobre a importância do registro como doador de celular estaminais e o impacto do transplantes de células estaminais do sangue na vida dos pacientes.
Desde o primeiro transplante de medula óssea realizado na década de 1950, mais de um milhão de pacientes receberam transplante de células-tronco do sangue para o tratamento de uma ampla variedade de cânceres e outras doenças sanguíneas e da medula.
Muitas vezes, o transplante usando células saudáveis de um doador ou unidade de sangue do cordão umbilical pode ser a única chance de cura. Quando não há doador adequado na família, um doador não relacionado, que viva em uma parte completamente diferente do mundo, pode ser a melhor combinação para o paciente.
A rede global de organizações da WMDA possibilita a cooperação e a troca global de informações cuja forte colaboração ajudou centenas de milhares de pacientes, mundialmente.
O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.
É na medula óssea que se localizam as células-tronco hematopoiéticas, responsáveis pela geração de todo o sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Essas são as células substituídas no transplante.
As células-tronco hematopoiéticas também circulam no sangue periférico (caso estimuladas com medicamento fator de crescimento), podendo ser coletadas por aférese (separação dos componentes do sangue por meio de um equipamento automatizado e que permite o retorno ao organismo do doador dos elementos sanguíneos não utilizados), e no sangue do cordão umbilical, quando são coletadas após o nascimento do bebê. Por isso, o termo “transplante de medula óssea” tem sido substituído por “transplante de células-tronco hematopoiéticas” para estes procedimentos.
Como se tornar um doador:
– Procure o hemocentro do seu estado e agende uma consulta de esclarecimento ou palestra sobre doação de medula óssea.
– O voluntário à doação irá assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), e preencher uma ficha com informações pessoais. Será retirada uma pequena quantidade de sangue (10ml) do candidato a doador. É necessário apresentar o documento de identidade.
– O seu sangue será analisado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade.
– Os seus dados pessoais e o tipo de HLA serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
– Quando houver um paciente com possível compatibilidade, você será consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados.
– Para seguir com o processo de doação serão necessários outros exames para confirmar a compatibilidade e uma avaliação clínica de saúde.
– Somente após todas estas etapas concluídas é que o doador poderá ser considerado apto e realizar a doação.
Saiba mais sobre esse tipo de transplante!
Fontes:
Fundação Hemocentro de Brasília