DOENÇA DE ALZHEIMER


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MADUREIRA, Bruna Guimarães et al. Efeitos de programas de reabilitação multidisciplinar no tratamento de pacientes com doença de Alzheimer: uma revisão sistemática. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, p. 222-232, abr./jun. 2018. Disponível em Scielo

Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por perda das funções cognitivas de forma progressiva, como falhas na memória, aprendizagem e linguagem, que tendem a se agravar com o avanço da doença. As ações multidisciplinares no paciente com DA têm como objetivo interferir positivamente no processo saúde-doença, por meio de uma abordagem integral aos indivíduos e familiares, intervindo com ações voltadas à realidade na qual estão inseridos. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática sobre os efeitos da reabilitação multidisciplinar em pacientes com Doença de Alzheimer (DA). Método: Foram realizadas buscas nas bases MEDLINE, LILACS, PEDro, CINAHL e Web of Science , sem restrição de data ou de idioma de publicação. Os artigos foram avaliados pelo título, pelo resumo e, posteriormente, pelo texto completo, por dois autores independentes. A qualidade metodológica dos estudos experimentais selecionados foi avaliada de acordo com a escala PEDro. Resultados: Foram incluídos cinco estudos, de qualidade metodológica moderada (5,4 na escala PEDro), que evidenciaram que um programa multidisciplinar pode ser eficaz no tratamento de pacientes com DA, com melhoras significativas, principalmente, em sintomas neuropsiquiátricos, depressão e qualidade de vida. Para as demais medidas de desfecho investigadas, devido à presença de poucos estudos que encontraram efeitos positivos (nível de estresse, ansiedade, independência, atividades) ou de resultados conflitantes (cognição), não é possível determinar a eficácia dessa intervenção. Conclusão: Esta revisão sistemática evidenciou que um programa multidisciplinar pode ser eficaz no tratamento de pacientes com DA, com melhoras significativas, principalmente, em sintomas neuropsiquiátricos, depressão e qualidade de vida. No entanto, os resultados para cognição, nível de ansiedade, estresse, independência e realização de atividades não foram significativos ou foram conflitantes.