CIDADANIA; EDUCAÇÃO
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FERREIRA, Viviane Ferraz et al. Educação em saúde e cidadania: revisão integrativa. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 363-378, maio/ago. 2014. Disponível em Scielo
Este artigo apresenta os resultados de uma revisão integrativa de literatura sobre educação em saúde e cidadania, que buscou conhecer e analisar as diferentes contribuições científicas disponíveis. A educação em saúde reflete uma estratégia que almeja um cidadão coautor do processo de construção do cuidado à sua saúde. Utilizou-se para a coleta de dados a base Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) no período de 2000 a 2011, totalizando 79 produções. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, a amostra final incluiu dez publicações. A pesquisa trouxe a prevalência de estudos da natureza artigo, apresentando mais de três autores, com predominância de docentes e produção do tipo revisão teórica. As categorias que emergiram do estudo foram: educação em saúde – historicidade e bases conceituais; e educação popular como geradora de cidadania. As evidências mostraram o processo histórico das políticas de saúde e o surgimento dos movimentos sociais voltados para as necessidades da população. Destacaram também que a educação permanente em saúde proporciona a construção de novos saberes, mediante a junção de conhecimentos científicos e de saberes populares. Manifestaram-se na literatura contribuições relevantes sobre a educação em saúde, por ser uma prática emancipadora do sujeito, atuando como espaço gerador de cidadania.
ENFERMAGEM; SAÚDE DA FAMÍLIA
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MOUTINHO, Cinara Botelho; ALMEIDA, Edmar Rocha; LEITE, Maisa Tavares de Souza; VIEIRA, Maria Aparecida. Dificuldades, desafios e superações sobre educação em saúde na visão de enfermeiros de saúde da família. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 253-272, maio/ago. 2014. Disponível em Scielo
Este estudo apresenta dificuldades, desafios e superações dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família na prática da educação em saúde. Foram entrevistados oito profissionais de equipes de saúde da família do município de Montes Claros, Minas Gerais, tendo como instrumento de coleta de dados a entrevista não estruturada. Os dados coletados foram transcritos e analisados segundo a técnica da análise do discurso. Os resultados foram agrupados em categorias de análise. Na visão desses sujeitos, existem dificuldades no contexto do processo de trabalho da equipe, barreiras relacionadas à estrutura física e insuficiência de recursos materiais nas unidades de saúde. Eles relataram, também, os desencontros na relação com os usuários no desenvolvimento da educação em saúde. Percebe-se um movimento dialético da realidade, pois, ao mesmo tempo em que existem dificuldades a serem vencidas, há substanciais avanços com novas práticas, potencialmente transformadoras da realidade estudada. Considera-se a natureza dinâmica do processo de mudanças, com avanços e retrocessos, traduzindo uma realidade em constante devir.
PROMOÇÃO DA SAÚDE; SAÚDE DA FAMÍLIA
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OLIVEIRA, Silvia Regina Gomes de; WENDHAUSEN, Águeda Lenita Pereira. (Re)significando a educação em saúde: dificuldades e possibilidades da Estratégia Saúde da Família. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 129-147, jan./abr. 2014. Disponível em Scielo
Este estudo qualitativo objetivou conhecer a concepção e a vivência de 27 trabalhadores da Estratégia Saúde da Família sobre educação em saúde. O desenvolvimento da problematização, como pensada por Paulo Freire, facilitou o trabalho grupal participativo. Neste recorte, foram discutidas duas das categorias: práticas educativas e seus enigmas; e (re) significando as práticas educativas. Os temas trazidos foram codificados, decodificados e desvelados criticamente, bem como expressas as dificuldades, possibilidades e expectativas da ação educativa. Os resultados revelaram as dificuldades dos sujeitos em diferentes aspectos do agir educativo em suas práticas e como são fortes os resquícios de uma prática bancária, preventiva e medicalizada. A reflexão que daí procedeu sensibilizou-os, o que demonstrou potencial para o desenvolvimento de práticas educativas transformadoras e a necessidade de uma educação permanente, a fim de ampliar suas habilidades dialógicas.