“Esclarecendo Equívocos sobre a Asma”: 04/5 – Dia Mundial de Combate à Asma


A asma é reconhecida como um problema de grande importância para a saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 339 milhões de pessoas tenham asma em todo o mundo e houve 417.918 mortes dela decorrentes, em nível global, em 2016.

No Brasil, foram três mil mortes e quase todas poderiam ser prevenidas com o tratamento adequado.

Diante da pandemia de COVID-19 e a explosão de casos no Brasil, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia alerta que as infecções virais são causas frequentes de crises de asma e, por isso, esses pacientes devem ficar em isolamento social sempre que possível, especialmente os portadores das formas mais graves da doença.

As comemorações da data são organizadas pela Global Initiative for Asthma (GINA), uma organização colaboradora da OMS. A campanha foi realizada pela primeira vez em 1998 e tem crescido a cada ano, tornando-se um dos eventos mais importantes sobre a enfermidade, com a realização de centenas de atividades de conscientização em países de todo o mundo.

Em 2021 a celebração ocorre no dia 04, primeira terça-feira do mês de maio, com o tema “Esclarecendo Equívocos sobre a Asma”. Trata-se de um apelo para acabar com mitos e conceitos errôneos amplamente difundidos a respeito da asma que impedem que pessoas com a doença possam desfrutar dos benefícios trazidos com os grandes avanços no manejo dessa condição.

Os equívocos mais comuns em torno da asma, incluem:

– a asma é uma doença infantil e vai desaparecer quando os indivíduos crescerem;
– a asma é infecciosa;
– quem sofre de asma não deve se exercitar;
– a asma só é controlável com altas doses de medicamentos esteroides.

A verdade é:

– a asma pode ocorrer em qualquer idade (em crianças, adolescentes, adultos e idosos);
– a asma não é infecciosa, no entanto, infecções respiratórias virais (como resfriado comum e gripe) podem causar crises de asma;
– em crianças, a asma está frequentemente associada a alergia, mas a asma que começa na idade adulta é menos frequentemente alérgica;
– quando a asma está bem controlada, os pacientes são capazes de se exercitar e até praticar esportes de primeira linha;
– a asma é mais frequentemente controlável com medicamentos esteroides inalados em baixas doses.

A asma (também conhecida como “bronquite asmática” ou como “bronquite alérgica”) é uma doença que acomete os pulmões, acompanhada de uma inflamação crônica dos brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões). Os conhecimentos iniciais sobre a doença eram restritos, mas com os avanços da medicina nas últimas décadas, passou-se a conhecer melhor suas causas, os mecanismos envolvidos e o surgimento de novos medicamentos e tratamentos. No entanto, apesar de todos os progressos, a asma ainda hoje é uma doença problemática e que pode levar à morte.

O que desencadeia a asma:

– alergia: poeira, ácaro, mofo, pólen, fezes de barata, pelos de animais;
– infecções: viroses, como gripes e resfriados, ou ainda as sinusites;
– mudanças de tempo;
– fumaças;
– poluição;
– cheiros fortes;
– esforço físico;
– aspectos emocionais;
– exposição ao ar frio;
– outras causas: alguns tipos de medicamentos, alguns alimentos, refluxo gastresofágico, causas hormonais, fatores relacionados ao trabalho ou a escola, asma provocada por outras doenças.

Sintomas:

Tosse frequente, prolongada, em geral noturna, que pode prejudicar o sono. Nem sempre tem expectoração. O chiado no peito é outra característica, acompanhado de dificuldade para respirar e opressão no peito. Os sintomas podem estar combinados ou ocorrer isoladamente. Assim, uma criança que tem tosse crônica pode ter asma. Falta de ar quando pratica exercícios físicos é outra manifestação da doença.

Tratamento:

O tratamento é baseado nas medidas de higiene do ambiente, medicamentos e vacinas para alergia. Os medicamentos disponíveis são divididos em: drogas de alívio (para crises) e profiláticas (manutenção). A melhor forma de utilizar os medicamentos é a inalatória, pois assim são inalados diretamente para o local da reação e podem ser usados em doses menores que as necessárias por outras vias.

Prevenção:

O ambiente deve ser o mais higiênico possível, visando restringir o contato do paciente com elementos desencadeantes de crise, sejam alérgenos ou irritantes. Recomenda-se não ter fumantes no ambiente domiciliar. Os animais devem ser mantidos fora de casa, ou no mínimo, não entrarem nos quartos de dormir. Colchões e travesseiros devem ser forrados com material impermeável e este forro precisa ser lavado periodicamente. Alguns desinfetantes podem reduzir a proliferação de ácaros em casa. Baratas devem ser combatidas, pois estão relacionadas à alergia e maior gravidade da asma.

Seguir as recomendações de higiene ambiental e utilizar corretamente os medicamentos prescritos são fundamentais para prevenir as crises de asma.

Fontes:

Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia
Global Initiative for Asthma (GINA)
Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia