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ALVES, João Guilherme Bezerra; MONTENEGRO, Fernanda Maria Ulisses; OLIVEIRA, Fernando Antonio et al. Prática de esportes durante a adolescência e atividade física de lazer na vida adulta. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 11, n. 5, p. 291-294, set./out. 2005. Disponível em Scielo
FUNDAMENTOS E OBJETIVOS: Inatividade física é importante fator de risco para as doenças crônicas. Os resultados da literatura são controvertidos em relação à prática de atividades esportivas na infância e adolescência e atividade física na vida adulta. O objetivo deste estudo foi verificar em adultos jovens a freqüência de atividade física de lazer (AFL) e determinar se a prática de esportes durante a adolescência influenciou esta atividade. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, tipo inquérito, no período de novembro de 2003 a abril de 2004, em 170 alunos do curso médico que realizaram o estágio de internato em pediatria e tocoginecologia no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). Foram considerados como atletas aqueles que afirmaram terem praticado algum tipo de esporte durante pelo menos dois anos consecutivos, entre a faixa etária dos 10 aos 19 anos. Atividade física desenvolvida atualmente foi aferida através da informação sobre AFL, na última semana que antecedeu a aplicação do questionário, para a prática de algum tipo de atividade física que provocasse sudorese e respiração acelerada. Foram considerados como fisicamente ativos aqueles que despenderam um mínimo de 150 minutos de atividade física por semana. RESULTADOS: Apenas 22,5% (35/155) dos internos desenvolviam AFL. Entre aqueles que foram atletas durante a adolescência, a prática de AFL na vida adulta foi maior; 26,8% (33/123), do que aqueles não atletas, 6,2% (2/32); p < 0,03 (tabela 1). Entretanto, a presença de excesso de peso ou obesidade, hipertensão arterial, tabagismo e antecedentes familiares de doença aterosclerótica precoce não diferiu entre os grupos com maior e menor AFL. CONCLUSÃO: Práticas de atividades esportivas durante a adolescência contribuem para AFL na vida adulta.