O Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), celebrado anualmente na 3ª quarta-feira de novembro, desde 2002, é promovido pela Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD), em colaboração com profissionais de saúde e grupos de pacientes em todo o mundo.

 A cada ano, a GOLD escolhe um tema e coordena a preparação e a distribuição de materiais e outros recursos para a celebração da data. As atividades são realizadas em mais de 50 países por profissionais de saúde, educadores e membros do público que desejam contribuir para um impacto local e global de conscientização e educação sobre a DPOC.

O tema de 2025, “Falta de ar, pense em DPOC”, visa enfatizar que, embora a doença seja a terceira principal causa de morte no mundo, muitas vezes não é diagnosticada corretamente.

Apesar de ser uma enfermidade comum, prevenível e tratável, o subdiagnóstico e o diagnóstico incorreto fazem com que os pacientes não recebam tratamento ou o recebam de modo inadequado.

Diagnosticar e tratar, adequada e precocemente a DPOC pode ter um impacto muito significativo na saúde pública ao melhorar os sintomas, a função pulmonar e a qualidade de vida dos acometidos.

Deve-se considerar a doença para qualquer paciente que apresente falta de ar, tosse crônica ou produção de escarro, histórico de infecções respiratórias baixas recorrentes e/ou histórico de exposição a fatores de risco como tabaco, uso de combustíveis para cozinhar ou riscos ocupacionais.

A DPOC constitui um grupo de doenças respiratórias que inclui a bronquite crônica e o enfisema. Na bronquite crônica, os canais por onde o ar passa (vias respiratórias) ficam inflamados e produzem muco em excesso. Já no enfisema, as paredes das pequenas bolsas de ar nos pulmões (alvéolos) são destruídas e aumentam de tamanho.

Os sintomas mais comuns são:

– Falta de ar (dispneia): as vias respiratórias ficam inflamadas e apertadas e o ar não consegue fluir normalmente, em especial durante atividades físicas. Isso pode deixar a pessoa ofegante e dificultar a respiração;

– Secreções: a inflamação faz com que o corpo produza um líquido grosso e pegajoso que pode ser amarelado ou esverdeado (muco). Esse líquido é importante para limpar os canais por onde o ar passa, porém, se produzido em alta quantidade, pode se acumular;

– Tosse persistente: para eliminar o líquido acumulado (muco), o corpo provoca a tosse, que ajuda a limpar os pulmões;

– Chiado no peito: como as vias que levam o ar aos pulmões (brônquios) estão inflamadas, o ar é forçado a passar por um espaço apertado, o que causa um som que se parece com um assobio que vem do peito.

A principal causa da DPOC é o tabaco, porém, outros fatores também podem ser associados à doença. As causas mais comuns incluem:

– Tabagismo: o fumo de cigarros tradicionais e eletrônicos, cachimbos, narguilés e outros produtos semelhantes irritam e inflamam os pulmões. Além disso, passar muito tempo com alguém que fuma também pode contribuir para o seu surgimento;

– Poluição: o contato diário com a poluição do ar, fumaça, gases tóxicos, agravada pelo tempo seco, pode irritar os pulmões, causar problemas respiratórios e aumentar o risco de DPOC;

– Fatores genéticos: pessoas que têm parentes próximos com DPOC apresentam um risco maior de desenvolver a doença;

– Infecções frequentes na infância: algumas pessoas que tiveram doenças respiratórias quando crianças podem ter mais chances de desenvolver a DPOC na vida adulta.

Tratamento:

Embora não tenha cura, os tratamentos disponíveis atuam retardando a progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações. É fundamental consultar um médico pneumologista para diagnóstico e tratamento adequados. A fisioterapia e os exercícios físicos com orientação profissional de um fisioterapeuta também são aliados do paciente. É fundamental, ainda:

– Parar de fumar: por ser a principal causa da DPOC, parar de fumar é a medida mais eficaz para diminuir seus sintomas;

– Usar os medicamentos prescritos.

Prevenção:

– A forma mais eficaz de prevenir a doença pulmonar obstrutiva crônica é parar de fumar imediatamente ou nunca começar.

– Também é importante evitar locais com muita fumaça de cigarro (convencional ou eletrônico), cachimbo, narguilé e outros produtos semelhantes, além de evitar o contato direto com pessoas que estejam fumando.

– Evitar ambientes poluídos, poeira e produtos químicos também pode ajudar a proteger os pulmões e reduzir o risco de desenvolver DPOC.

Fontes:

Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD)
Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
Sociedade Paranaense de Tisiologia e Doenças Torácicas

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Publicado: Thursday, 01 de January de 1970