Em 10 de outubro de 2022 será celebrado o Dia Mundial da Saúde Mental com o tema ‘Fazer da saúde mental e do bem-estar para todos uma prioridade global’.
O mundo está sofrendo os efeitos da pandemia de coronavírus, guerras, deslocamentos e emergência climática, todos com consequências para o bem-estar dos cidadãos do mundo.
A pandemia de Covid 19 mostrou que nenhuma nação estava preparada para a crise de saúde mental a ela associada e aos efeitos da Covid prolongada.
É preciso um novo pacto para a saúde mental, pois o estigma e a discriminação continuam sendo uma barreira à inclusão social e ao acesso aos cuidados adequados.
O Dia Mundial da Saúde Mental é lembrado todos os anos com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o problema em todo o mundo e mobilizar esforços para apoiar aqueles que enfrentam transtornos mentais. Todo ano, desde 2013, a Organização Mundial da Saúde (OMS) organiza uma campanha global para destacá-lo.
A sociedade e os cidadãos importam. O papel da sociedade civil precisa ser aprimorado para que as pessoas possam dar sua própria contribuição para a saúde mental e o bem-estar nas suas comunidades e locais de trabalho.
O tema “Fazer da saúde mental e do bem-estar para todos uma prioridade global” nos oferece a oportunidade de reavivar nossos esforços para tornar o mundo um lugar melhor.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.
No Brasil, a atenção em saúde mental é oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS) através de financiamento tripartite e de ações municipalizadas e organizadas por níveis de complexidade.
A Rede de Cuidados em Saúde Mental, Crack, Álcool e outras Drogas foi pactuada em julho de 2011, como parte das discussões de implantação do Decreto nº 7508, de 28 de junho de 2011, e prevê, a partir da Política Nacional de Saúde Mental, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os Centros de Convivência e Cultura, as Unidades de Acolhimento e os leitos de atenção integral em Hospitais Gerais.
Além de atender pessoas com transtornos mentais, estes espaços acolhem usuários de álcool, crack e outras drogas e estão espalhados pelo país, modificando a estrutura da assistência à saúde mental. E vêm substituindo progressivamente o modelo hospitalocêntrico e manicomial, de características excludentes, opressivas e reducionistas (leia mais no artigo Desafios da reforma psiquiátrica no Brasil, de Benilton Bezarra Jr.), na tentativa de construir um sistema de assistência orientado pelos princípios fundamentais do SUS (universalidade, equidade e integralidade).
Esta forma de atendimento é fruto de um longo processo de luta social que culminou com a Reforma psiquiátrica, em 2001. Sua principal bandeira está na mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade.
Fontes:
Fundação Oswaldo Cruz
World Federation for Mental Health
World Health Organization